Quando colocar um pet dentro de casa?
Entenda qual é a idade ideal, os benefícios e como deve ser a divisão das tarefas com o novo membro da família
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 5 minutos
Assuntos abordados:
– Animais em casa
– Fatores culturais
– Fatores comportamentais
– Fatores emocionais
A compra ou adoção de um cachorro, gato ou outro animal para a criança é motivo de dúvida para muitos pais, não só em relação a alergias e reações, mas também devido aos cuidados e responsabilidades com o bicho de estimação. Mas, afinal, existe um momento ideal para receber esse novo membro na família? Segundo especialistas, o melhor momento para incluir um pet na rotina da criança é a partir dos quatro anos, pois nessa idade ela já desenvolveu maturidade e coordenação motora para interagir. Porém, se a família tiver um pet antes da chegada do bebê, nada impede de antecipar essa relação.
Não foi exatamente o caso da família do papai Luís e seus filhos. Durante um ano e meio, o servidor público Luís Araújo ouviu, insistemente, “papai, eu quero um hamster ou um cachorrinho”. E, nesse período, contra argumentava: “em apartamento é complicado, há regras do condomínio e exige um cuidado maior com a limpeza e higiene”. No entanto, acabou sendo voto vencido após um bom acordo com os filhos. Até que, aos seis e oito anos, Marcelinha e Bê foram presenteados com um shih-tzu.
“Acordamos o seguinte: limpar o xixi e as fezes, levar para passear e manter a casinha do pet higienizada é uma tarefa de todos na casa”, explica Luís. Apesar do compromisso compartilhado com as crianças ter sido esporádico, até porque eles tinham que cumprir a rotina do colégio e de outras atividades, ele avalia que o cachorro trouxe benefícios no desenvolvimento social, sobretudo na interação, nos sentimentos de sensibilidade e companheirismo.
A relação com a shih-tzu Belinha acabou durando apenas um ano, pois ela não resistiu a um ataque animal. “As crianças choraram muito e demoraram para superar. Mas hoje já entendem e estão ansiosos para a chegada de um novo membro animal, provavelmente um hamster”, comenta animado Luís Araujo.
Confira abaixo a opinião da psicóloga da Maternidade Brasília Hamanda Palazzo sobre o momento de adquirir um pet, a decisão e a divisão de tarefas dentro de casa:
Qual pet é indicado?
Hamanda Palazzo: Nem todo bichinho é indicado. A escolha precisa ser assertiva, pois dependendo de qual for, pode trazer prejuízos. Com cães de maior porte, por exemplo, é preciso ter mais atenção ao interagir com crianças menores de três anos, devido à força que eles possuem. Da mesma forma, pets considerados frágeis, como hamsters ou cachorros pequenos não são indicados, pois as crianças podem machucar o animal.
Assim, o cachorro está liberado para todas as idades, com atenção quanto ao tamanho para as crianças menores. No caso dos gatos, a indicação é a partir dos cinco anos, devido a algumas particularidades da criação que exigem maior complexidade. Já o Hamster a partir dos cinco anos, devido ao tamanho do bichinho. Aves a partir de um ano e meio, pois nessa idade as crianças já começam a interagir com ele, observam seus movimentos, ficam atentos ao canto e emitem sons na tentativa de imitá-los.
Como supervisionar?
Hamanda Palazzo: De forma geral, até as crianças completarem sete anos os pais ou responsáveis devem supervisionar essas interações com animais.
A responsabilidade é de quem?
Hamanda Palazzo: Mesmo com o comprometimento da criança, os cuidados devem ficar por conta dos adultos. Por isso, antes de pensar em ter um animal, deve-se levar em consideração o espaço, o tempo e o dinheiro que a família tem disponíveis para o pet. Dependendo da idade da criança, ela pode ajudar nos cuidados, se tornando cada vez mais autônoma na medida em que vai crescendo, como ajudar na alimentação, banho, limpeza e lazer.
Do ponto de vista psicológico, quais são os benefícios?
Hamanda Palazzo: Os estímulos que as crianças recebem em seu meio são fundamentais para o bom desenvolvimento infantil e o contato com um pet auxilia o raciocínio lógico, a coordenação motora, o afeto, o sentimento de pertencimento e noções de convívio em sociedade. Além de maior responsabilidade, autonomia, estímulos ao cérebro, ensinamento de valores de vida, controle do estresse e depressão. E como qualquer atividade infantil, o relacionamento com o animal também deve ter limites e precisa ser supervisionado por um adulto de acordo com a idade da criança.
Do ponto de vista psicológico não existe nenhum risco negativo em ter um pet. Sendo preciso apenas que exista plena concordância dos responsáveis. O animal precisa ser visto como algo a acrescentar positivamente para a criança, não devendo ser considerado mais um “presente” ou “moeda de troca”, sendo que se a finalidade for essa, talvez seja melhor rever o objetivo.
Como podemos proteger esse membro da família?
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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos
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