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Quando a ‘birra’ pode ser um alerta e demanda atenção médica

Entenda o que é o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD). Crianças com esse quadro têm relacionamentos familiares, escolares e social prejudicados

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BB Seguros

sexta-feira julho 2, 2021

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Tempo estimado de leitura: aproximadamente 7 minutos

 

Assuntos abordados:

 

– Desobediência
– Prejuízo familiar e na escola
– Relação pai e filho x professor e aluno
– Fatores comportamentais
– Fatores emocionais

 

Até que ponto desobedecer, enfrentar os pais ou professores é normal? É preciso ficar atento a um conjunto de sintomas que envolve desde agressividade, desobediência, irritabilidade, insubordinação, hostilidade e até o descontrole frente a situações inesperadas, seja em casa, na escola ou em grupo de amigos. Se persistirem mais de seis meses, restringirem a vida social e causarem prejuízo significativos na família e no processo de aprendizagem, esses comportamentos devem ser investigados, pois podem indicar o Transtorno Opositor Desafiador (TOD).

Trata-se de um transtorno neuropsiquiátrico, que está dentro do grupo de Transtornos Comportamentais Destrutivos da infância. De acordo com a psicoterapeuta infantil Carla Sobral, o transtorno pode ser genético, mas os fatores ambientais podem contribuir para desencadear o TOD com maior facilidade. A base de relacionamentos familiares parece ser fator importante para o desenvolvimento do distúrbio. Violência doméstica, abuso sexual, abuso físico, negligência, abuso de álcool e drogas pelos pais, bem como conflitos familiares, podem desencadear o Transtorno na criança.

 

 

“O comportamento disruptivo começa antes da criança completar oito anos, no início da terceira infância. Por isso é importante que os pais fiquem atentos aos sinais e ao diagnóstico precoce para buscar ajuda. Depois dos 12 anos, o grau de tratamento passa a ser mais difícil, explica Carla. O diagnóstico é feito a partir da observação do comportamento e sintomas da criança por um médico especialista, sendo importante também avaliar sinais de depressão, ansiedade e perturbação do sono.

 

 

Na prática, essas crianças, em sua maioria meninos, aterrorizam enquanto não é feito o que elas querem, tiram sua responsabilidade, colocam a culpa em fatores externos com frases como “você que não entendeu”.  Elas apresentam mudança repentina de humor, acham que todos a incomodam, perdem a calma com excessiva facilidade, acreditam que ninguém entende os motivos da raiva, tem dificuldades em cumprir rotina e de respeitar regras, sempre desafiam quando se sentem contrariada a ponto de, mesmo sendo uma criança, verbalizar: “você não sabe do que sou capaz”.

Na contramão, é muito comum os pais cederem ao choro ou à insistência para ficarem “em paz”. Essa mensagem é perigosa, pois a criança tende a entender que quanto mais desobedecer e continuar com esse comportamento, mais conseguirá o que deseja. No final, a relação fica completamente equivocada, alerta a especialista. No convívio em geral, essas crianças costumam ser discriminadas, perdem oportunidades e desfazem círculos de amizades. Não raro, sofrem bullying e são retiradas de programações sociais por causa do comportamento difícil.

 

 

 

O perfil de quem é diagnosticado com Transtorno Opositor Desafiador é de uma pessoa infeliz, com baixa auto estima, humor deprimido, baixa resistência à frustração. Ainda de acordo com Carla, o tratamento pode ajudar, porém o TOD não tem cura. “É indicado o tratamento psicológico aliado ao tratamento medicamentoso para ajudar a manter o autocontrole e o comportamento disruptivo”, reforça. Outro eixo do tratamento multidisciplinar é o suporte escolar, com apoio, reforço e abertura para um bom diálogo, visando melhorar o engajamento do aluno opositor às regras escolares.

 

 

Como lidar com crianças com TOD:

 

  • Valorizar o comportamento positivo da criança. Evite frases como: “você não fez mais do que sua obrigação”. Substitua, por exemplo: “você ajudou a mamãe a tirar o suco da mesa, isso foi legal e vai me ajudar a passar mais tempo juntos.
  • Trabalhar a empatia da criança com o outro. Peça para que elas troquem de lugar. Por exemplo: “Como é ficar em pé ao fogão 30 minutos para fazer uma comida gostosa? “Como você acha que a pessoa se sente?”, “Vamos fazer uma experiência com você?”.
  • Eliminar comportamentos desafiadores. Na prática, você pode escrever em um papel quais são os comportamentos positivos para o filho fazer e motivá-lo.
  • Ensinar sobre controle emocional e maneiras de expressar a frustração. Por exemplo, respirar fundo, contar até 10 se estiver nervoso, expressar o que sente em palavras e pedir ajuda quando estiver se sentindo mal.

 

 

Atenção médica também para os pais:

Encarar esse tipo de diagnóstico pode ser um momento delicado na vida dos pais e da família com um todo. Com o intuito de ajudar, a BB Seguros disponibiliza em sua linha dos planos BB Vida Plena e BB Vida Total, opções de apoio e orientação psicológica, entre outros serviços. Os atendimentos estão disponíveis 24 horas por dia, sete dias na semana.

 

 

 

Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos

 

 

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