Parto prematuro: o que saber e como prevenir
Entenda os motivos que levam bebês a nascer entre a 22ª e a 37ª semana da gestação e quais são os cuidados necessários
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 10 minutos
Assuntos abordados:
– Prematuridade
– Fatores emocionais
– Fatores comportamentais
As contrações que precedem o momento adequado de nascer (37 semanas) são caracterizadas por cólicas, dores irradiadas da lombar à abertura do colo, aumento de secreção vaginal (tampão ou coice saindo precocemente). Esses são sinais de trabalho de parto prematuro que, muitas vezes, podem se confundir com os mesmos sinais da gestação normal.
A prematuridade alcança, hoje, 340 mil bebês brasileiros ao ano, o que equivale a 931 por dia ou a seis nascimentos a cada 10 minutos antes das 36 semanas. Com isso, os cuidados especiais com o risco de morte e sequelas nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal aumentam até três vezes. Os dados são do Ministério da Saúde.
“Metade dos trabalhos de parto antes do tempo é realizado para a preservação da vida materna, que é ameaçada principalmente pela pré-eclâmpsia [pressão alta durante a gestação]. A outra metade são os trabalhos de parto prematuro, devido ao processo de ruptura da bolsa antes das 37 semanas. Isso pode acontecer a qualquer momento da gestação”, explica o ginecologista da Maternidade Brasília Fabio Passos. Segundo ele, quando esse processo acontece precocemente, abaixo das 23 semanas, recebe o nome de abortamento.
Já o trabalho de parto que acontece a partir de 22 semanas, na qual o bebê nasce e permanece vivo para ir pra casa após os cuidados na UTI, pode ser ocasionado por infecções. “Isso pode ser por má implantação na placenta, pode vir de processos infecciosos ou de fora do útero, como infecção urinária, pulmonares e atualmente por questão de Covid-19. Então qualquer processo que aumente a liberação de citocinas pode ser responsável por desencadear um parto prematuro”, esclarece o Dr Fábio.
Fatores agravantes – O principal fator de risco para parto prematuro é já ter tido um previamente. Nestes casos, sugere-se o uso de progesterona ao longo da gestação para evitar que entre em trabalho de parto prematuro. Além das mães que já tiveram bebês nessas condições, as grávidas de gêmeos, aquelas que apresentam alto sangramento no 1o semestre da gestação ou que tem um colo uterino curto, apresentam maiores chances de ter o bebê antes do tempo previsto.
Outros casos relacionados são o diagnóstico tardio da gravidez, hipertensão e diabetes, quando cabe ao obstetra acompanhar a gestação por meio de exames de rastreamento. São eles, a fibronectina fetal (a partir da 22ª semana), para identificar a presença de proteína no útero, e a ultrassonografia transvaginal (22ª e 24ª semana) para medir o tamanho do colo uterino.
Superação – Aos 38 anos, Elisângela Loiola foi mãe pela primeira vez. Quando estava com 30 semanas de gestação, a executiva de vendas passou por uma grande batalha pela vida: “Levantei do sofá e senti escorrer muita água entre as minhas pernas, fui ao banheiro e vi sangue misturado ao líquido. Liguei para meu obstetra e fui ao hospital. Lá foi constatado que minha bolsa tinha estourado, mas tentaríamos segurar a gestação por mais uma ou duas semanas, pois a Bianca estava muito imatura”, relembra.
No entanto, os planos mudaram, pois a medicação não fez o efeito esperado. “Eu chamei por socorro porque a dor aumentou muito rápido. Uma médica do Pronto Socorro fez o exame do toque, viu que eu estava com 2cm de dilatação e mais uma vez ouvi que eu não teria o bebe naquele dia. Mesmo diante dessa previsão, Elisângela conta que sentiu uma pressão “tremenda” e questionou à sua mãe o que estava acontecendo até que ouviu: “a cabeça do bebê está saindo”. “Minha filha nasceu roxa, deu um chorinho de leve e eu só pedia para a salvarem”, conta. Foram então 35 dias na UTI, incluindo duas cirurgias para tratar uma perfuração no estômago. Mas tudo com uma recuperação extraordinária.
Após receberem alta, a luta em casa continuou. Bianca não podia chorar, nem mamar muito no peito, pois mais perdia calorias do que ganhava. “Tive uma rede de apoio reduzida, pois Bianca não podia pegar bactérias que não fossem minha, do pai ou da avó. Qualquer outra poderia levá-la à UTI novamente”, explica a mãe, contando que passou por um intenso tratamento com diversas especialidades médicas, além de meses de fisioterapia. Hoje, Bianca tem dois anos e não apresenta nenhuma sequela. Apesar do trauma, Eli está na 36a semana da gestação, agora de um menino, o Caio, sem nenhuma intercorrência.
A busca por qualidade de vida depende de muitos fatores, incluindo acompanhamento médico, atividade física, trabalho, amigos. E, como um diferencial, um seguro de vida pode oferecer conveniência e facilidades para o dia a dia. Um benefício para a vida: é o caso do Seguro Pra Vida, da BB Seguros, que está em sintonia com as necessidades de cada família. Com conforto e segurança, garante bem-estar, com benefícios que descomplicam a vida.
Acompanhamento de rotina – Dados do Sistema de Mortalidade do Ministério da Saúde apontam que 55% dos óbitos infantis poderiam ser evitados a partir da atenção à gestação, parto e recém-nascido. Por isso a importância da realização de exames laboratoriais durante a gestação e de um acompanhamento pré-natal. Todo o acompanhamento do bebê prematuro é realizado em uma UTI neonatal.
Classificação de prematuridade
Prematuro extremo: menos de 28 semanas;
Muito prematuro: 28 a 32 semanas;
Prematuros moderados: entre 32 semanas e 34 semanas.
Prematuro tardio: entre 34 e 37 semanas.
Com informações de Saúde.gov.br
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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos
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