Quando os caminhos se separam

Tempo estimado de leitura: aproximadamente 3 minutos

Assuntos abordados:

– Separação de casais

– Idealização de relacionamentos

– O amor na rotina

– Filhos em meio à separação

E que sejam felizes para sempre… Mas enquanto o para sempre durar. Afinal, você vê sentido em seguir um relacionamento que não funciona mais, só para criar os filhos juntos? É fato que há bastante prejuízo nisso, talvez mais do que benefícios. Então, vamos falar de separação?

Ninguém casa, ou começa um namoro, pensando em se separar. Qualquer que seja o nível de relacionamento, você não inicia uma história de amor afirmando que ela terá um fim antes da inevitável morte. E o ser humano, em sua maioria, é um animal social. Poucos de nós realmente preferem seguir sós, sem alguém para envelhecer ao lado. E quem escolhe estar junto, corre o risco de seguir num futuro separado.

O amor se sustenta em pequenos gestos, não só na qualidade sexual ou nas eternas declarações. É rotina: louça lavada, roupa pendurada, casa limpa, escolher um ao outro todos os dias, independentemente das dificuldades. Adicione um filho à equação do 1 + 1 e descubra que o resultado 3 pode ter muitos obstáculos. Criar filhos é trazer seu próprio repertório de educação e carinho e saber que o outro também tem o dele, mas que pode conflitar. Ceder, por vezes, se tornará um problema. Todas as escolhas relacionadas às crias terão impacto no relacionamento. E esse impacto pode ser bom ou ruim.

Não serão mais aqueles namorados apaixonados que terão uma rotina de sexo muito mais ativa. As prioridades mudam, o tempo livre diminui. Ter filho é maravilhoso, mas há um novo peso sobre a vida de ambos que será determinante em diversas camadas. E se o relacionamento falhar… Relaxe. Ou tente. Acontece com muita gente e precisamos nos adequar.

Não digo que você deve desistir do seu namoro ou casamento ao menor sinal de dificuldade. Precisamos entender que dificuldades permeiam nossa vida a todo momento, em todos os setores. A forma como as encaramos e as soluções que encontramos serão distintas o tempo todo. Amor também é tentativa. Mas saber reconhecer o momento de parar não é desistência – é sobrevivência.

Eu sei, há separações que são muito traumáticas e complexas, e eu tenho total consciência de que adultos não são de ferro e têm suas fraquezas. Não se julgue. Não julgue o outro. Acolha o fim dos ciclos e siga em frente, por você e pelo seu pequeno. Nem sempre compartilhar a guarda será tarefa fácil, então cerque-se de ajuda, seja ela em rede de apoio, médica ou jurídica. Se respalde, proteja e viva. A separação não é o fim. É um recomeço.

Há vida depois que os caminhos se dividem. Dá para descobrir novas coisas sobre si mesmo, novos prazeres, novos parceiros, novas aventuras. Não quero que pense que estou romantizando os términos, mas se eles existem, que possamos achar o caminho mais leve para isso. Afinal, tudo que for leve para você, será leve para o seu filho também.

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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos

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