Cuidar

Eles crescem

Texto autoral de uma mãe da rede Espichei

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BB Seguros

terça-feira setembro 28, 2021

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Tempo estimado de leitura: aproximadamente 3 minutos

 

Assuntos abordados:

– Crescimento dos filhos

– Rapidez do tempo

– Independência dos pequenos

– Síndrome do ninho vazio

 

Hoje, meu arquivo de fotos e vídeos me lembrou de uma filmagem de três anos atrás. Minha filha com dez meses, sentadinha na pequena cadeira de alimentação, degustando um biscoitinho de arroz, enquanto balançava braços e pernas de uma forma adoravelmente descontrolada e soltava gritinhos e murmurinhos em sons que nem de perto pareciam palavras. Quase que no mesmo momento, enquanto eu estava sentada à minha mesa de trabalho, ela chega andando do quarto onde estava, acabando de acordar, vindo a meu encontro.

Parece que me deitei para tirar um cochilo e, quando acordei, ela estava com mais de um metro de altura. Falava palavras completas, ensaiava até diálogos! Os cabelos que mal existiam na carequinha de bebê se tornaram longos fios dourados com uma franjinha na testa recém cortada. Os pés já calçam quase o tamanho 30. Ela não mama mais em meu seio e o chameguinho no colo dura pouco, porque ela deseja brincar sozinha.

 

Eles crescem. Muito rápido. Tudo passa, como prometeram para a gente lá naqueles primeiros dias que aconteceria. Minha filha já não faz mais qualquer drama para ir à escola. Pelo contrário: agarra na mão da “tia”, professora querida, e nem olha para trás. Dia desses, depois de eu espremer o frasco de condicionador em suas pequenas (porém, já grandinhas) mãos, ela disse para mim: “pode ir, mamãe! Eu termino aqui sozinha”. E eu não tive coragem de ir. Sentei-me na tampa do vaso sanitário e contemplei, tanto minha menina, quanto o tempo que escorria em minhas mãos.

 

Às vezes, dizemos que sabemos que eles irão voar. Que criamos filho para viver. Brada que o importante é ter saúde e ser um ser humano íntegro. Mas lá naquele fundinho, que talvez até seja raso, gostaríamos que ficassem perto da gente eternamente. Que coubessem no nosso colo e que colocássemos no carro para ir conosco para todo lado. É um misto de sentimentos muito doido, porque almejamos muito a independência deles quando menores, mas depois que crescem, nos vemos desejando que fossem nossos pequenos para sempre.

 

 

 

Desde o primeiro dia em que peguei minha filha em meus braços, sentia que estava pronta para vê-la maior, mais decidida, quem sabe até um pouco atrevida. Lembro-me de ler a frase “filho criado, esforço dobrado” e achar que era um pouco de exagero. Eu vejo que essa passagem tem todo um fundamento, principalmente relacionado a filhos adolescentes – fase que eu, confesso, morro de medo –, mas passei a entender que o esforço muito tem a ver com nosso próprio psicológico, nossa mente, que batalha para se adaptar às novidades e para aceitar que nossos filhos, cada dia que passam, deixam um pouco de ser nossos para ser do mundo.

 

Admirei minha pequena embaixo de uma mesa de seu quarto enquanto brincava e desejei congelar aquele momento. Viver ali, sem mais nada em volta. Voltei à realidade quando a campainha tocou e minha rede de apoio veio buscá-la para me ajudar em mais um dia de trabalho. Vi o carro partir e senti em meu coração a metáfora daquela imagem. Eles vão e a gente fica. Mas o que preenche o coração não se esvai jamais.

 

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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos

 

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