Meu filho é superdotado? Tudo o que você precisa saber
Aprenda a identificar os sinais do seu filho e a lidar com essa condição. No Brasil, até 2,3 milhões de crianças podem ser superdotadas.
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 10 minutos
Assuntos abordados:
- Altas habilidades;
- Crianças superdotadas;
- Teste de QI;
- Inteligência acima da média;
- Fatores comportamentais;
- Fatores sociais;
- Fatores emocionais.
A marca registrada do seu filho superdotado será intensidade extraordinária, que sai do padrão, revela Olzeni Ribeiro, doutora em Educação, fundadora e diretora do Ideaah School. Durante a live “Altas Habilidades: meu filho tem QI elevado?”, a especialista – que também tem filhos e netos que nasceram com essa condição – ajudou a desvendar esse universo que, diferente do que muitos pensam, vai além de um teste de quociente de inteligência (QI).
A superdotação alcança quase 25 mil estudantes na educação especial, mas os dados, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em agosto deste ano, podem ser maiores. Segundo o Ministério da Educação, cerca de 2,3 milhões de crianças e jovens no Brasil devem compor esse grupo, se considerados os mais de 47 milhões de alunos da educação básica.
“A responsabilidade por identificar esse perfil não é só da escola. 60 a 70% está a cargo dos pais, que são os primeiros a notarem os sinais e a observarem algo diferente. Os comportamentos empurram os pais a pedir socorro”, explica a especialista.
Intensidade, hipersensibilidade latente, introspecção (capacidade intro reflexiva), percepção e intuição. Esse público também apresenta interesses por coisas incomuns, faz muitas perguntas, apresenta amplo vocabulário, é inquieto e hiperativo, sem limites para a criatividade, aprende fácil e rapidamente.
Confira, a seguir, os principais destaques da live:
Superdotado ou altas habilidades?
Superdotação e altas habilidades são sinônimos. “Elas não podem ser determinadas apenas pelo teste de QI. É possível ter uma criança superdotada, com QI na média, e ela ser altamente superdotada em outra área que não seja a inteligência geral”.
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Teste de QI
“Quanto maior o QI, mais compreendemos o comportamento da criança”, explica a especialista. Então, de acordo com Olzeni, o teste é um indicador importante sim, mas é fundamental uma avaliação qualitativa educacional e psicopedagógica.
Diagnóstico
“A primeira tendência é recorrer à área clínica. Existe um grande número de superdotados que está sendo medicado e amortizado nesse potencial porque os pais, sem conhecimento, procuraram a especialidade errada. Embora não seja uma patologia, a superdotação está dentro da educação no Brasil. Então, os profissionais que devem avaliar são pedagogos, psicólogos, neuropsicólogos e neuropsicopedagogo”, explica.
Estímulo ou genética?
A superdotação não pode ser estimulada pelos pais, pois é uma condição genética. No ambiente de convívio, a criança superdotada precisa de espaço para manifestar suas altas habilidades. O superdotado se auto hiperestimula, sendo que nada de fora pode desenvolver. “As condições cerebrais dele não param”, diz.
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Diagnóstico precoce
Com dois anos, formalmente falando, a criança já pode ser avaliada, mas a partir dos seis meses os responsáveis já conseguem observar o comportamento de superdotação. “Não deve se esperar demais para avaliar. Não tem como prever quais das crianças que se destacam demais na precocidade estão dentro da condição de superdotação. Se esperar até os seis anos de idade, perde-se o período de maior plasticidade para trabalhar as questões emocionais e fluir na adolescência”, reforça.
Superdotação
Há níveis: pode ser padrão (com estabilidade no desenvolvimento), moderada, profunda e intelectual de alto nível. Cada uma dessas categorias apresenta diferentes questões emocionais a resolver. “Quanto mais distante da idade, mais pode desenvolver uma lacuna emocional”.
Prodígio e genialidade
A criança prodígio tem performance de adulto, enquanto o gênio presta excelência em tudo aquilo que faz. É o último estágio na superdotação e, até onde se sabe, não existe esse perfil no Brasil.
Manutenção periódica
Recomenda-se a avaliação a cada dois anos para acompanhamento na trajetória escolar e de vida, evitando acionar gatilhos para comportamentos e sintomas desnecessários.
Acolhimento escolar
A escola não pode se negar a prestar o atendimento e a assistência adequada. “Está determinado em lei, precisamente na nota técnica 4, do Ministério da Educação. A escola não pode exigir um laudo, mas os pais podem apresentar uma avaliação que ateste que o filho tem essa condição e, assim, a escola não pode massacrar esse aluno”, explica.
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O filho superdotado é feliz?
A felicidade para o superdotado é a liberdade de expressão. Ele precisa expandir seu conhecimento.
Anota aí: 6 atitudes de Olzeni Ribeiro para lidar com seu filho que é superdotado:
1 – Conhecer o superdotado e a maneira que ele sente as coisas;
2- Disponibilizar espaço livre para ele se movimentar interna e externamente;
3 – Não provocar imposição e autoritarismo;
4 – Escutar com paciência o que ele tem a dizer;
5 – Ter cuidado com críticas e chacotas;
6 – Dispor de um ambiente coerente com lógica e transparência.
Lidar com esse diagnóstico pode ser um momento delicado na vida dos pais e da família como um todo. Com o intuito de ajudar nesta e em outras situações sensíveis, a BB Seguros disponibiliza em suas soluções, os planos Vida Plena e Vida Total, do Seguro de Vida, com assistência que prooprciona orientação psicológica. Os atendimentos estão disponíveis 24 horas por dia, sete dias na semana.
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