1 a cada 4 brasileiras apresentam depressão pós parto
Doença gera a perda de qualidade física e emocional da mãe após o nascimento do bebê
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 5 minutos
Assuntos abordados:
- Depressão pós parto
- Tristeza, angústia e medo
- Puerpério
- Recém-nascido
- Fatores emocionais
A maternidade é um sonho para muitas mulheres, mas, em alguns casos, infelizmente, pode se tornar um período bastante delicado com o surgimento da depressão pós-parto. Esse quadro chega a atingir uma a cada quatro mães de recém-nascidos no Brasil, de acordo com estudo da Fundação Oswaldo Cruz.
Os sintomas costumam surgir até quatro semanas após o parto e são acompanhados de profunda tristeza, angústia, alteração no humor, sono e apetite, ou desinteresse sexual. É comum também não querer cuidar do bebê, não conseguir olhar para ele. Mas pode acontecer também o contrário: despertando uma obsessão por cuidar do bebê.
“A doença, ligada aos hormônios da gravidez e relacionada ao término do parto, deve ser levada muito a sério com tratamento medicamentoso, emocional e suporte para que a mãe conduza bem a amamentação e o tratamento com o filho”, explica o ginecologista da Maternidade Brasília, Evandro Oliveira. Ainda segundo o especialista, o pré natal é um meio fundamental para diminuir as chances de evolução da depressão. “A mãe se sentirá mais segura e acolhida para hora do parto”, ressalta.
Confira, abaixo, perguntas e respostas do Ministério da Saúde com esclarecimentos sobre a depressão e a psicose pós-parto:
O que causa a depressão pós-parto?
Não existe uma única causa para a depressão pós-parto. Ela pode estar associada a fatores físicos, emocionais, estilo e qualidade de vida, além de ter ligação, também, com histórico de outros problemas e transtornos mentais. A principal causa da depressão pós-parto é o enorme desequilíbrio de hormônios em decorrência do término da gravidez. Outros fatores que podem causar ou ajudar a provocar a depressão pós-parto: privação de sono, isolamento, falta de apoio do parceiro e da família, depressão, ansiedade, estresse ou outros transtornos mentais.
Quais são as complicações da depressão pós-parto?
Normalmente, a mãe amamenta pouco e não cumpre o calendário vacinal dos bebês. As crianças, por sua vez, têm maior risco de apresentar baixo peso e transtornos psicomotores, além de outros problemas de saúde.
Quais são as consequências?
Se não for tratada corretamente e de forma imediata, a depressão pós-parto pode interferir negativamente no vínculo entre mãe-filho e causar problemas familiares, muitos deles irreversíveis. Filhos de mães que têm depressão pós-parto não tratada são mais propensos a ter problemas de comportamento, como dificuldades para dormir e comer, crises de birra e hiperatividade. Os atrasos no desenvolvimento da linguagem são mais comuns também. A depressão pós-parto, se não tratada adequadamente, pode durar meses e até tornar-se em um distúrbio depressivo crônico. Mesmo quando tratada, a depressão pós-parto aumenta o risco de futuros episódios depressivos, o que demanda um acompanhamento periódico da saúde mental da pessoa. É importante atentar que, em casos mais graves, a depressão pós-parto pode levar ao suicídio.
O que é a psicose pós-parto?
É a condição grave mais suscetível de afetar as mulheres que têm distúrbio bipolar ou histórico de psicose pós-parto. Os sintomas, que começam geralmente durante as primeiras três semanas após o parto, incluem: desconexão com o bebê e pessoas ao redor, sono perturbado, mesmo quando o bebê está dormindo, pensamento confuso e desorganizado, vontade extrema de prejudicar/fazer mal ao bebê, a si mesma ou a qualquer pessoa, mudanças drásticas de humor e comportamento, alucinações, que podem ser visuais, auditivas ou olfativas e pensamentos delirantes e irreais.
Como é feito o tratamento da depressão e da psicose pós-parto?
O tratamento da depressão pós-parto é feito individualmente, conforme cada caso, com medicamentos antidepressivos combinados com psicoterapia. O aconselhamento e apoio da família, parceiro(a) e amigos é fundamental, pois ajuda a tratar e a prevenir depressão, depressão pós-parto e depressão durante a gravidez.
Para o tratamento ser eficaz, é recomendado que ambos os pais participem de todo o processo. Existem, também, psiquiatras e psicólogos especializados no tratamento de depressão pós-parto. Todo o tratamento é oferecido de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme cada situação, podem ser recomendados a presença de um(a) babá durante meio período ou tempo integral, exercícios para fortalecer os laços entre paciente e bebê e terapia hormonal.
No caso de psicose pós-parto, é necessário, também, tratamento imediato, muitas vezes hospitalar. Quando a segurança da paciente está garantida, uma combinação de medicamentos – como antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores de humor – pode ser usado para controlar os sintomas. Às vezes, a eletroconvulsoterapia é recomendada. O tratamento para a psicose pós-parto pode afastar a mãe do bebê por muito tempo e tornar a amamentação difícil e alguns medicamentos utilizados para tratar a psicose pós-parto não são recomendados para mulheres que estejam amamentando.
6 Dicas para prevenir a depressão pós-parto:
1- Peça ajuda de outras pessoas para que você consiga dormir bem, manter uma alimentação saudável, fazer exercício físico e receber apoio na medida do possível.
2- Arranje tempo de qualidade para si mesma.
3- Mantenha pensamentos positivos, sempre!
4- Evite o isolamento.
5- Fique longe de cafeína, álcool e outras drogas ou medicamentos, a menos que recomendado pelo seu médico.
6 – Se você está preocupada com a depressão pós-parto, faça seu primeiro check-up pós-natal o mais breve possível após o parto.
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