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Açúcar: um doce vilão para as crianças

Não recomendado até os 2 anos de idade, o açúcar em excesso pode causar efeitos sérios, especialmente nas crianças.

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BB Seguros

quarta-feira março 31, 2021

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Ele parece mocinho, mas é um vilão com um disfarce muito doce. O açúcar em excesso está associado a diversas doenças crônicas e psicossomáticas, além de ter alto potencial viciante. Se o consumo de açúcar deve ser moderado durante toda a vida, na infância, a atenção deve ser redobrada.

Neste artigo, você conhecerá os efeitos negativos do consumo de açúcar e como evitar esse ingrediente nas refeições dos pequenos. Abordaremos os seguintes temas:

 

– Os rótulos são confiáveis?

 

– Quando oferecer açúcar e em que quantidade?

 

– O que o açúcar pode causar às crianças?

 

– O açúcar também afeta a saúde bucal?

 

– Como fazer escolhas saudáveis para a criança?

 

 

Confira o conteúdo e boa leitura!

 

 

Os rótulos são confiáveis?

 

 

Os efeitos do consumo excessivo de açúcar entre as crianças podem ser devastadores. “Infelizmente, observamos o crescimento do número de crianças com doenças antes comuns apenas em adultos, como obesidade, hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares”, lamenta a pediatra da Maternidade Brasília, Juliana Sobral.

Seja por desconhecimento, seja por hábitos pessoais, os pais e cuidadores ainda adicionam o ingrediente no preparo de comidas e bebidas destinadas às crianças, e oferecem alimentos ultraprocessados ricos na substância, como achocolatados, bebidas açucaradas, cereais matinais, gelatina em pó com sabor, mingaus instantâneos preparados com farinhas de cereais (de arroz, milho e outros), iogurte com sabores e do tipo petit suisse, guloseimas como balas, chicletes, pirulitos e chocolates, além de biscoitos e bolachas doces.

“Geralmente, os rótulos desses alimentos repletos de açúcar sugerem que eles são aliados no crescimento e desenvolvimento das crianças, quando, na verdade, causam o efeito oposto”, frisa a especialista.

 

Quando oferecer açúcar e em que quantidade?

 

 

De acordo com o Ministério da Saúde, crianças de até 2 anos não devem consumir nenhum tipo de açúcar. Uma alimentação saudável é feita com o aleitamento materno até os 24 meses ou mais, sendo que, até os 6 meses, deve-se oferecer somente o leite da mãe. Após o primeiro semestre de vida, a criança passa a comer alimentos in natura e minimamente processados.

Portanto, frutas e bebidas para os pequenos até essa idade não devem ser adoçadas com nenhum tipo de açúcar: branco, mascavo, cristal, demerara, açúcar de coco, xarope de milho, mel, melado ou rapadura. Também não devem ser oferecidas preparações que contenham o ingrediente, como bolos, biscoitos, doces e geleias.

Quanto às crianças a partir de 2 anos, a orientação é de que consumam, no máximo, 25 gramas de açúcar por dia – o equivalente a seis colheres de chá. Isso se refere ao açúcar de adição, que é aquele incluído no preparo ou no processamento das comidas e bebidas.

 

O que o açúcar pode causar às crianças?

 

 

Esse vilão doce pode trazer diversos problemas se consumido em excesso na infância. Veja algumas consequências:

 

  • Vício

Se ingeridos em excesso, o açúcar pode ocasionar reações comportamentais e neuroquímicas semelhantes às de uma substância viciante. Pesquisas apontam que os efeitos do produto no sistema nervoso são parecidos com aqueles provocados pelo consumo de drogas lícitas e ilícitas.

Por isso, o açúcar induz as mesmas respostas na região do cérebro conhecida como “centro de recompensa”. É também uma substância que estimula a liberação da dopamina, um neurotransmissor relacionado ao prazer.

Nas crianças, a dependência do açúcar pode acarretar distúrbios de comportamento, como irritabilidade, dificuldade de concentração e hiperatividade.

 

  • Paladar

Se uma criança que consome apenas leite materno ou fórmula e alimentos naturais é introduzida no mundo do açúcar, ela pode passar a rejeitar os sabores que antes a agradavam. “A recomendação de ofertar açúcar somente a partir dos 2 anos é porque, a partir dessa idade, o paladar da criança já está mais maduro. Assim, ela pode diferenciar melhor os gostos e não aceitar apenas o doce”, explica a pediatra da Maternidade Brasília.

 

  • Doenças

O açúcar adicionado, ou seja, aquele que usamos para adoçar alimentos ou bebidas, ou, ainda, aquele contido nos alimentos industrializados, pode provocar distúrbios metabólicos, como obesidade, dislipidemias, aumento da pressão arterial, diabetes mellitus e alguns tipos de câncer.

 

O açúcar também afeta a saúde bucal?

 

 

Além de todos os problemas de saúde já citados, o consumo excessivo pode trazer graves consequências para a saúde bucal da criançada, principalmente se estiver acompanhado de problemas de higienização da boca.

A escovação deve ser realizada até 20 minutos após as refeições, quando o processo de liberação dos ácidos por parte das bactérias começa a acontecer. Eles são os responsáveis pela deterioração do esmalte dentário e pela formação da placa bacteriana.

O ideal é contar com o apoio de um odontopediatra na introdução aos cuidados bucais diários dos pequenos. A BB Seguros oferece planos odontológicos exclusivos para crianças e adolescentes, de acordo com a faixa etária de Dente de Leite (0 a 7 anos) e Dental Júnior (de 8 a 16 anos). Além de uma ampla equipe de especialistas, você também tem cobertura que inclui a aplicação de flúor, emergências, cirurgias e outros cuidados. Confira: https://bit.ly/3m7Jwpe.

 

Como fazer escolhas saudáveis para a criança?

 

 

 

É importante lembrar que, a partir dos 2 anos, a criança não precisa necessariamente começar a consumir açúcar. Caso os pais e cuidadores optem pela introdução da substância na dieta, é possível fazer escolhas mais saudáveis, por exemplo: adoçar com açúcar mascavo, demerara ou de coco e até mesmo com mel.

“Não só na infância, mas em qualquer idade, é importante evitar ou moderar o consumo de alimentos doces processados, como biscoitos recheados, iogurtes, gelatinas com sabor e cereais matinais açucarados. Eles podem ser gostosos, mas as consequências no futuro tendem a serem amargas”, alerta a pediatra da Maternidade Brasília.

Outras dicas são optar sempre por frutas inteiras ao invés de sucos, assim, é possível aproveitar melhor os seus benefícios, e inserir fibras na dieta da criança, como grãos integrais, brócolis, aveia e chia, pois elas diminuem a absorção do açúcar.

Por fim, vale lembrar que os pequenos se inspiram no exemplo. Se todos em casa optarem por uma dieta balanceada, saudável e rica em nutrientes, a criança provavelmente gostará de consumir esses alimentos não só durante a infância, mas ao longo de toda a vida.

 

 

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