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Como explicar a inflação para as crianças

Momento é oportuno para ensinar as consequências da desvalorização do dinheiro e reforçar a educação financeira dentro de casa

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BB Seguros

quarta-feira maio 25, 2022

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Tempo estimado de leitura: aproximadamente 5 minutos

 

 

Assuntos abordados:

 

  • Inflação
  • Economia doméstica
  • Educação financeira
  • Educação infantil
  • Planejamento familiar

 

 

“Pai, o que é inflação?”. Como se não bastasse às famílias brasileiras o malabarismo para fechar o mês no azul com a progressiva perda do poder de compra, os pais encaram mais um desafio na hora de responder a essa pergunta dentro de casa. O que as crianças querem saber, afinal de contas, é por que algumas coisas não custam o mesmo preço de antigamente. Também pudera: em março, o Brasil registrou a maior inflação em 28 anos. Mas então como se deve explicar aos filhos esse, que é um assunto muito relevante e, ao mesmo tempo, complexo para toda a sociedade?

 

Para traduzir o “economês”, os pais devem se valer do lúdico, usando exemplos que façam parte do dia a dia dos filhos, defende Fernando Montrezol, assessor econômico do Banco do Brasil. “No caso da inflação, o primordial é explicar que o mesmo dinheiro não compraria a mesma coisa”. O especialista lembra ainda que não existe idade certa para iniciar esse tipo de conversa: “Costumamos dizer que o alerta bate quando a criança começa a ter o ímpeto de comprar as coisas, que varia conforme o desenvolvimento”.

 

Um exemplo clássico que inclusive viralizou na internet é o chocolate Kinder Ovo, que fica cada vez mais caro. Neste vídeo, o Valor Investe apresenta de maneira simples e com analogias da realidade infantil algumas das razões para os preços subirem, tais como a relação de oferta e demanda, a escassez de algum insumo e a capacidade produtiva das empresas.

 

Montrezol destaca que o momento é oportuno para explicar que, apesar de a inflação corroer o preço, muitas vezes o mesmo produto pode ser comprado em uma loja de rua ou na internet com valor menor. “É fundamental pesquisar em diferentes lojas, não fazer a primeira compra por impulso. Os próprios devem se educar para isso”. Dependendo da maturidade e do discernimento da criança ou do adolescente, é válido introduzir o conceito de que os investimentos podem manter o poder de compra.

 

Nesse sentido, vale ainda motivar a criança para o hábito de poupar dinheiro. “Toda uma narrativa tem que ser construída para associar o assunto à realidade daquela criança. Mas a explicação é uma só: poupar é deixar de consumir agora para consumir no futuro”. E tudo isso pode ser feito definindo limites e traçando metas, de forma que a criança exercite esse hábito por meio de suas escolhas. Mais adiante, já se pode introduzir o assunto das possibilidades de investimento.

 

 

Inflação na prática

 

A indicação dos especialistas para facilitar a compreensão das crianças sobre o efeito da inflação é buscar exemplos próximos à realidade da criança, como esse exercício:

 

Todo mês, Diego recebe R$ 200 de mesada por ajudar nas tarefas de casa. Sempre que recebe a mesada, ele retira R$ 100 para gastar no shopping com alimentação, cinema e jogos, e o restante guarda em uma conta para comprar um computador. Esses R$ 100 são suficientes para lanchar, jogar videogame e assistir a dois filmes por mês.

 

 

Despesas de Diego:

Lanche = R$ 40

2 entradas de cinema = R$ 32

Jogos eletrônicos = R$ 28

 

 

No mês do seu aniversário, Diego percebeu que ainda faltava um filme para assistir, mas somente R$ 10 do total do dinheiro ainda restava, o que não era suficiente para comprar uma entrada do cinema. Curioso, resolveu verificar os gastos referentes àquele mês.

 

 

Novas despesas do Diego:

Lanche = R$ 44

1 entrada de cinema = R$ 16

Jogos eletrônicos = R$ 30

 

 

Ao comparar os gastos daquele mês com os dos meses anteriores, viu que o dinheiro gasto com lanche e com jogos tinham sido maiores. Dessa forma, para que continuasse a assistir a dois filmes por mês, ele deveria gastar R$ 6 a mais. Os R$ 100 não eram suficientes para realizar os mesmos divertimentos.

 

Fica a sugestão da explicação: esse aumento dos preços é chamado de inflação. Ela tem o poder de desvalorizar o dinheiro e foi o que ocorreu com o Diego. As despesas com lazer ficaram mais caras, fazendo com que ele gastasse mais dinheiro para ter as mesmas diversões dos meses anteriores.

 

Para evitar a perda provocada pela inflação, a dica é aplicar recursos em investimentos que mantêm o poder de compra do poupador. Com o Brasilprev Júnior você conta com especialistas para assessorar nesta tomada de decisão e pode contribuir desde o nascimento do seu filho. Assim, você garante o futuro do pequeno, seja para a faculdade, intercâmbio ou até mesmo para o primeiro negócio. A partir do programado de R$ 100, é possível alcançar R$ 45 mil quando o seu filho chegar aos 18 anos.

 

 

 

 

* Com informações do Valor Investe e portal Escola Kids

 

 

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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos

 

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