Conheça as implicações do tabaco para a mãe e o bebê
Fumar na gestação pode levar ao aborto, parto prematuro, nascimento com baixo peso, fissura labiopalatina ou até mesmo morte súbita
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 4 minutos
Assuntos abordados:
– Tabagismo
– Malefícios da nicotina
– Fatores culturais
– Fatores comportamentais
– Fatores emocionais
A chegada do bebê é um momento que carece de cuidado, e, principalmente, de atenção à saúde. Por isso, hoje (31), no Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, o Blog BB Seguros Primeiros Passos busca conscientizar os pais, mas principalmente as mães, sobre os riscos do tabagismo na gestação, tanto para a mulher, quanto para o bebê. Entre eles, o aborto, a fissura labiopalatina e, também, a morte súbita.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a grávida fumante apresenta o dobro de chance de o bebê nascer com baixo peso, 70% de chance de aborto espontâneo, 40% de chance de ter parto prematuro e 30% de chance de o bebê apresentar morte perinatal. O Instituto alerta ainda que a fumaça também é prejudicial à saúde, sendo que os riscos de fumo passivo na criança podem aumentar, ainda mais, as chances de problemas respiratórios, como a asma ou a bronquite.
A partir desses fatores, o ginecologista da Maternidade Brasília Dr. Marcus Vinícius, aconselha as gestantes (até então fumantes) a passarem por esse período da forma mais saudável e equilibrada possível. “O primeiro passo para quem é fumante e quer engravidar é suspender o consumo do cigarro. Às gestantes que têm dificuldade em parar de fumar, recomenda-se um acompanhamento psicológico”, aconselha o médico. Em alguns casos, segundo ele, é possível implementar o tratamento farmacológico por meio da reposição de nicotina (goma de mascar e adesivo), que vai diminuir a vontade de usar. No entanto, cada caso deve ser avaliado com o médico durante o pré-natal.
O estudo da Universidade Federal de Pelotas (RS) aponta que, embora o número de fumantes esteja caindo nas últimas décadas, há ainda aquelas que não estão conseguindo parar de fumar. O resultado aponta que das 50% das brasileiras que haviam tentado parar de fumar, quase 80% ficaram pelo menos sete dias consecutivos sem fumar entre os seis meses anteriores à gestação e o pós-parto imediato.
A psicoterapeuta Carolina Leite, alerta para a necessidade de uma mudança de comportamento e a conscientização sobre os riscos de continuar fumando. “A gestação pode ser vista como uma janela de oportunidade, quando a mãe precisará de espaço para conversar já que, nesse período, também é preciso diminuir o café, eliminar as bebidas alcoólicas, entre outros hábitos. É preciso entender o que está motivando, ter técnicas para enfrentar a ansiedade, minimizar gatilhos e fatores de risco”, afirma.
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Confira as dúvidas mais frequentes:
Quais são os riscos do tabagismo para a mulher grávida?
A mulher grávida que fuma aumenta o risco de apresentar placenta prévia (quando a placenta se implanta na parte inferior do útero, cobrindo parcial ou totalmente o colo do útero), descolamento de placenta e hemorragias uterinas. Além disso, o bebê pode apresentar redução do calibre de suas vias aéreas, levando a uma redução da sua função pulmonar, tornando-o suscetível a crises de dispneia e a contrair mais infecções respiratórias. Estudos apontam que filhos de fumantes adoecem duas vezes mais do que os filhos de não fumantes.
Existe tratamento gratuito para parar de fumar?
Sim. Desde 2002, o Ministério da Saúde juntamente com as secretarias estaduais e municipais de Saúde organizam uma rede de unidades de saúde do SUS para oferecer tratamento do tabagismo aos fumantes que desejam parar de fumar. O tratamento é composto de avaliação individual, passando por consultas individuais ou sessões de grupo de apoio, nas quais o fumante entende o papel do cigarro e dos produtos derivados de tabaco, recebe orientações de como deixar de fumar, como resistir à vontade de fumar e, principalmente, como viver sem produtos derivados de tabaco.
Durante as quatro primeiras reuniões de grupo (ou consultas individuais) são fornecidos manuais de apoio com informações sobre cada uma das sessões. Também são fornecidos medicamentos gratuitos com o objetivo de reduzir os sintomas da síndrome de abstinência à nicotina. Interessados devem procurar o coordenador do controle de tabagismo no seu Estado, município ou postos de saúde próximos de sua casa ou do trabalho, e se informar sobre os locais e horários de tratamento do tabagismo.
É mais difícil a mulher parar de fumar do que o homem?
Homens e mulheres têm formas distintas de lidar com o tabaco. Na mulher, o uso de cigarros muitas vezes está associado à mudança de humor e essa tendência pode criar dificuldades diferenciadas diante da abstinência. Além disso, ao parar de fumar geralmente existe um ganho de peso, que pode ser um fator dificultador para que as mulheres consigam parar de fumar. O importante é que os profissionais conheçam essas especificidades para que possam oferecer o tratamento adequado, aumentando as chances de sucesso.
Fonte: Jornal da USP e INCA
Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos
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