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Entenda a puberdade precoce

A condição que afeta cada vez mais crianças pode ser provocada por doenças, mas, em outros casos, tem causa desconhecida.

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BB Seguros

quarta-feira abril 28, 2021

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Tempo estimado de leitura: cinco minutos.

 

Assuntos abordados:

 

– O que é a puberdade precoce.

– Três tipos de puberdade precoce.

– O aumento de casos de puberdade precoce e os efeitos nas crianças.

– Como é feito o diagnóstico e o tratamento da puberdade precoce.

 

 

A puberdade precoce é uma condição cada vez mais frequente. Meninos e meninas têm apresentado mais cedo sinais de maturidade sexual física, como o surgimento de pelos pubianos e o crescimento das mamas.

 

De acordo com a pediatra da Maternidade Brasília, Sandi Sato, “as meninas costumam entrar na puberdade entre 8 e 13 anos, enquanto, entre os meninos, ela surge de 9 a 14 anos de idade. Antes disso, é considerada precoce”.

 

Nas meninas, a puberdade é caracterizada pelo crescimento das mamas e pela menarca (primeira menstruação). Nos meninos, os testículos se desenvolvem, o pênis aumenta e ocorrem alterações na voz. “Em ambos os sexos, surgem pelos na região do púbis e nas axilas, elevação da oleosidade da pele e acne”, esclarece a pediatra.

 

 

Tipos de puberdade precoce

 

A puberdade precoce é dividida em três tipos: central, periférica e incompleta.

 

A central é igual à forma clássica da puberdade e acomete cerca de 80% das crianças que desenvolvem a puberdade precoce. “Os sintomas são os mesmos de uma puberdade normal. A diferença é que chegam mais cedo”, explica Sato.

 

Nela, a hipófise, uma região do cérebro, começa a liberar o Hormônio Luteinizante (LH) e o Folículo-Estimulante (FSH) antes da hora. Essas substâncias estimulam a produção de estrógeno pelos ovários e de testosterona pelos testículos, desencadeando a maturidade sexual física antecipadamente.

 

Os demais casos (20%) são compostos por puberdade precoce periférica ou incompleta. A periférica está associada a doenças como cistos ovarianos, tumores nos ovários e nos testículos, disfunção nas glândulas adrenais – ligadas à fabricação de hormônios – e o hipotireoidismo. Já a incompleta é quando a criança apresenta algumas características associadas à maturidade sexual física, mas não necessariamente desenvolve a condição.

 

 

Aumento dos casos

 

A ciência ainda não tem respostas que justifiquem o aumento dos casos de puberdade precoce. “No entanto, alguns indícios apontam para uma relação com obesidade e sobrepeso, especialmente entre as meninas, grupo no qual é observada uma incidência maior de puberdade prematura”, conta a pediatra.

 

O corpo feminino tende a acumular mais tecido gorduroso, ou seja, uma estrutura responsável por secretar um hormônio feminino chamado estrógeno, que serve de gatilho à puberdade. Situações de grande estresse e fatores genéticos também contribuem para a progressão da condição.

 

Embora não haja comprovação científica, alguns estudos associam a puberdade precoce à exposição a elementos químicos, como os fenóis, os ftalatos e os fitoestrógenos – substâncias químicas que interferem no sistema hormonal do organismo, encontradas em diversos produtos, como esmaltes, perfumes e xampus.

 

 

 

Efeitos nas crianças

 

“Crianças com sinais de puberdade precoce devem ser avaliadas o mais breve possível por um médico, porque a condição eventualmente desencadeia doenças e problemas de crescimento”, alerta a pediatra. Alguns exemplos são a diminuição da estatura final e riscos maiores de desenvolver hipertensão, diabetes tipo 2, infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e obesidade.

 

“Vale frisar que o lado emocional dessa criança também pode ser afetado, já que as mudanças físicas podem destacá-la negativamente entre os coleguinhas. Muitas vezes, é preciso auxílio profissional para lidar com a questão”, pondera a pediatra do Hospital Brasília.

 

 

Diagnóstico

 

A condição é detectável por meio de radiografia da mão e do pulso, que estima a maturidade óssea (chamada de radiografia da idade óssea). Caso a anormalidade seja detectada, exames de sangue e de imagem são solicitados.

 

 

Tratamento

 

Se a causa da puberdade precoce for detectável, como um tumor ou cisto, a remoção auxilia na interrupção da progressão.

 

Quando nenhuma causa tratável é identificada, é preciso que um médico avalie a necessidade de um tratamento medicamentoso, realizado com injeções de hormônio sintético a fim de interromper a produção dos hormônios sexuais. As injeções são administradas mensalmente, a cada três meses ou via implante inserido sob a pele em um período anual.

 

 

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