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Entenda o que é e como tratar a endometriose

Mulheres que abandonaram o tratamento devido ao isolamento social devem retomar acompanhamento médico para evitar avanço da condição

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sexta-feira abril 29, 2022

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Tempo estimado de leitura: aproximadamente 4 minutos

 

Assuntos abordados:

 

  • Endometriose
  • Cólica menstrual
  • Relação sexual
  • Doenças Femininas
  • Saúde da Mulher
  • Tratamento médico

 

Cólica menstrual intensa e incapacitante, dor na relação sexual ou incômodo para urinar são sintomas que podem estar associados à endometriose. Essa doença inflamatória crônica caracterizada pela presença de endométrio fora do útero acomete cerca de 10% das brasileiras em idade fértil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Apesar de ser aparentemente comum, o que muita gente não sabe é que a endometriose pode causar sofrimento às mulheres e precisa ser tratada de maneira adequada.

 

Cada paciente possui queixas muito individuais sobre o desconforto e o mal-estar. Por consequência, o diagnóstico é feito por meio da avaliação dos sintomas e da análise clínico ginecológica – e confirmado com o auxílio de exames de imagem. “O resultado da endometriose sem o acompanhamento médico adequado pode ser uma vida com bloqueios, estresse em níveis altos e até depressão”, alerta Alexandre Brandão, cirurgião ginecológico do Hospital Brasília.

 

O blog BB Primeiros Passos alerta para o fato de que, no período de isolamento social, muitas mulheres abandonaram os tratamentos clínicos pelo risco de contrair o coronavírus. “Inúmeras pacientes deixaram de seguir o tratamento e apresentaram piora no quadro clínico”, lamenta Brandão. “Na maioria das vezes o tratamento é clínico. Porém, há casos em que a cirurgia é necessária, como, por exemplo, quando há acometimento de outros órgãos. Somente com a avaliação clínica é possível saber”, explica o especialista.

 

Histórico familiar e anomalias no útero estão entre os fatores de risco para a doença, mas é possível que seus diferentes tipos tenham causas distintas. A campanha “Escuta minha dor“, liderada pela Associação Brasileira de Endometriose e Cirurgia Minimamente Invasiva (SBE), chama a atenção para a dor e o sofrimento das pacientes com endometriose. A iniciativa divulga informações de qualidade para que as mulheres possam se informar, esclarecer dúvidas, além de evoluir seu diagnóstico e tratamento.

 

 

O que é a endometriose?

 

A endometriose é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela presença de endométrio fora da cavidade uterina. Acomete os ovários, a bexiga e, em alguns casos, pode acometer o intestino. Os principais sintomas são: cólica menstrual incapacitante, dor na relação sexual, dor para evacuar/mudança do ritmo intestinal e dor ao urinar. Esta última pode, inclusive, ser confundida com infecção de urina. Além dos sintomas desconfortáveis, a endometriose pode ser uma das causas de infertilidade. Existem cinco tipos: a de parede abdominal, a ovariana, a peritoneal, a profunda e a extra-abdominal.

 

 

Exames para detecção

 

Os principais exames para detectar a endometriose são a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e a ressonância nuclear magnética da pelve. De acordo com a ginecologista, ultrassonografista e especialista em endometriose, do Exame/Dasa, Ana Glauce, ambos apresentam excelente sensibilidade e especificidade para a detecção da doença. “Quando feitos por um profissional experiente, esses exames podem levar ao diagnóstico. A avaliação das estruturas posteriores ao útero, por exemplo, são melhores caracterizadas pela ultra com preparo intestinal”, comenta Ana Glauce.

 

 

A ressonância nuclear pode complementar o diagnóstico em relação a pequenas lesões ovarianas que podem passar despercebidas na ultrassonografia, uma vez que permite a visualização com detalhe das estruturas pélvicas. “Se realizado por alguém experiente, esse exame pode chegar a um resultado semelhante à ultrassonografia. É muito importante escolher profissionais qualificados e fazer um bom preparo intestinal para os exames, pois facilita a visualização das camadas da parede do órgão e aumenta a sensibilidade do exame”, explica a médica.

 

 

 

 

Tratamento

 

O tratamento pode ser dividido entre o clínico e o cirúrgico. No tratamento clínico, o bloqueio hormonal visa a parar a menstruação e, assim, aliviar as pacientes com endometriose. Fisioterapia e atividade física; a não ingestão de alimentos que causam má digestão, gases, dores abdominais, distensão do intestino; além dos cuidados com a saúde mental são opções complementares. “As pressões sociais são desgastantes para as pacientes com essa condição. É recomendado procurar um psicólogo, meditar e orientar os familiares para entenderem melhor a doença”, explica Alexandre Brandão.

 

O tratamento cirúrgico também depende da avaliação clínica. Entre as indicações, estão o risco de infertilidade; comprometimento de algum órgão, função ou obstrução do intestino, bexiga e ureter; dor na relação sexual ou mesmo a falha no tratamento clínico multidisciplinar. Laparoscopia ou cirurgia robótica são as possíveis cirurgias: “Nunca é feita uma cirurgia aberta, como cesariana. A histerectomia também não é o suficiente para acabar com a doença. É preciso eliminar todos os focos de endometriose ou ela continuará a crescer”, alerta. Brandão finaliza lembrando que, mesmo com cirurgia, é necessário um acompanhamento clínico.

 

 

Saiba mais

 

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* Com informações da Maternidade Brasília

 

 

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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos

 

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