Eu me lembro da vida de antes
Texto autoral de uma mãe da rede Espichei
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 3 minutos
Assuntos abordados:
– Lembranças da vida de antes
– Características pessoais
– A importância das particularidades
– Ser várias versões
Há quem diga que não se lembra como era a vida antes da maternidade. Eu, particularmente, não me encaixo nesse molde. É diferente de dizer que não imagino mais a caminhada sem minha filha segurando minha mão, o que é, sim, verdade. Mas lembrar da vida de antes eu lembro sim, tudinho.
Que me perdoem as mães românticas, mas não gosto de ser definida somente pelo posto matriarcal. Antes de ser progenitora da minha menina, eu sou uma mulher de desejos específicos, sonhos palpáveis e gostos variados, tudo isso sem que passe pela necessidade de incluir uma cria. E eu não vejo problema nenhum nisso: carregamos nossas individualidades e não me agrada pensar em me desfazer delas.
Não me recordo a ocasião, mas ficou marcado na minha mente quando, certa vez, uma pessoa discorria sobre a forma como nos apresentamos, seja num evento formal, numa roda de recém-conhecidos ou numa entrevista de emprego, entre outras situações. Costumamos falar nossa profissão, ou de quem somos mães e pais, e mais adiante falar do que nos constitui além das questões profissionais e da árvore genealógica. Por que ser jornalista me define mais do que “uma mulher que adora praticar esportes”? Por que ser mãe da minha menina precisa estar à frente de “uma pessoa que adora ler romances água com açúcar”?
É claro que nossos filhos são as coisas mais importantes das nossas vidas, mas eles não são a única coisa importante da nossa vida. Carregamos conosco uma série de características e particularidades que são tão nossas, e tão bonitas, que até mesmo influenciam na nossa forma de maternar e criar um ser humano para o mundo. Não me interessa silenciar esse lado que me compõe. Pelo contrário, me orgulha tê-lo e poder sê-lo sempre que possível.
Antes de dar à luz, eu tinha sonhos de viagens que não fazem o menor sentido para uma criança. Eles não foram colocados em prática, mas seguem arquivados para quando puderem vir à tona. Eu gostava de sair para dançar, de acordar tarde ou de tirar um cochilo despreocupado depois do almoço. Era muito mais ativa na vida fitness e sigo sentindo falta disso. Não me culpo por nenhuma dessas faltas que me apertam o calo. Sigo me adaptando e fazendo caber todas as formas que são minhas. Inclusive, a forma mãe.
Eu amo a minha filha. Ela é minha prioridade, o que me faz acordar e seguir em frente, o motor para que eu seja cada vez mais um ser humano melhor. Mas não deixo para trás as faces que me construíram até aqui. Não abandono minhas nuances e essências – as agrego à mãe e mulher maravilhosa que me tornei.
E tem motor mais eficiente para nossa engrenagem do que o sorriso dos nossos filhos?
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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos
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