Gestação, parto e pós-parto. Qual a importância da fisioterapia pélvica?

A fisioterapia pélvica pode trazer benefícios significativos durante a gravidez, no parto normal (evitando a diástase, separação dos músculos do abdome) e mesmo no puerpério. O momento do parto não deve ser de medo e preocupação, e a fisioterapia pélvica pode ser realizada independentemente do tipo de parto escolhido e com a autorização de seu médico obstetra.

Estudos demostram que as mulheres que fazem fisioterapia pélvica reduzem o período de expulsão do bebê, além de obter uma série de outros benefícios, como minimização do desconforto das dores pélvica e ciática e manutenção dos músculos ligados à coluna fortalecidos e em harmonia.

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A gestação promove uma série de alterações musculares no corpo da gestante, como o aumento gradativo do volume uterino e abdominal, o que pode gerar estrias; mudança na respiração da mãe; desconforto para andar, sentar e deitar; dor nas costas e estresse na musculatura do assoalho pélvico por causa do peso do útero.

Entenda o que é fisioterapia pélvica

É uma área da fisioterapia que atua na prevenção e no tratamento das disfunções da região pélvica, que compreende os músculos do assoalho pélvico responsáveis pelos órgãos pélvicos. A fisioterapia pélvica ajuda a prevenir doenças do assoalho pélvico e é recomendada para as gestantes a fim de evitar traumas durante o parto.

Benefícios da fisioterapia pélvica no pré-parto, parto e pós-parto

Durante os nove meses de gestação, a fisioterapia vai trabalhar a respiração e o fortalecimento dos músculos do períneo (região que fica entre o ânus e a vagina), que sustentam os órgãos pélvicos. Próximo da 33ª semana, o fisioterapeuta já começa a utilizar a massagem perineal e o EPI-NO.

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Para quem não sabe, o EPI-NO consiste em um dispositivo que ajuda a gestante a ter uma melhor percepção dos movimentos do períneo, trabalhando sua contração e relaxamento, atividades muito semelhantes às que ocorrem na hora do parto.

O bebê ao nascer vai passar pelo canal de parto, que está circundado pelos músculos do assoalho pélvico. Esses músculos necessitam de força para tolerar bem o alongamento, com isso, o risco de lesões é diminuído e suas funções se mantêm íntegras.

Já no puerpério, o corpo da mulher precisará retornar às condições anteriores ao parto, e a fisioterapia pélvica poderá auxiliar no fortalecimento e alongamento dos músculos do assoalho pélvico. Sendo assim, é bom voltar a trabalhar o períneo, para tratar alguma disfunção, como bexiga baixa, incontinência urinária ou diástase, se for necessário. Outra recomendação para a fisioterapia pélvica no pós-parto é quando o períneo está flácido ou dolorido ou quando a mulher deseja retomar a sua vida sexual.

Massagem perineal

Para as gestantes, a principal atividade da fisioterapia pélvica é a massagem perineal, aplicada a partir da 34ª semana de gravidez. Isso porque, no caso do parto natural, o músculo do assoalho pélvico precisa ficar forte e flexível para a passagem do polo cefálico (cabeça do bebê).

Os benefícios continuam no pós-parto, pois a massagem perineal diminui a dor nos três meses seguintes e reduz a frequência de traumas perineais que necessitam de suturas, principalmente as episiotomias (incisão efetuada na região do períneo para ampliar o canal de parto em casos de sofrimento fetal).

A massagem pode ser feita pela própria grávida, pelo seu parceiro ou pelo fisioterapeuta, utilizando óleos especiais, como de oliva ou girassol. A frequência pode ser diária, durante cinco minutos ou até que a sensação de alongamento cesse ou desapareça.

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Benefícios da fisioterapia pélvica

No pré-parto:

•          Diminui o desconforto lombar;

•          Melhora a capacidade respiratória;

•          Promove o relaxamento muscular;

•          Previne a diástase e as incontinências urinária e fecal.

No pós-parto:

•          Melhora a flacidez do períneo;

•          Fortalece a musculatura abdominal;

•          Evita dor durante a relação sexual;

•          Previne e trata as incontinências urinária e fecal.