Infecção sexualmente transmissível: o que causa e como prevenir
Preconceito ainda dificulta o combate a esse tipo de doença. Levantamento inédito mostra que 0,6% da população acima de 18 anos contraiu infecções em 2019
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 7 minutos
Assuntos abordados:
– Doenças sexualmente transmissíveis
– Riscos de relação sexual sem proteção
– Proteção para família
– Fatores emocionais
– Fatores culturais
A Infecção Sexualmente Transmissível (IST) atingiu 1 milhão de brasileiros somente em 2019. É o que mostra, pela primeira vez, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada neste mês de maio. A PNS 2019 registra que dos indivíduos com 18 anos ou mais que tiveram relação sexual nos 12 meses anteriores à data da entrevista, apenas 22,8% (26,6 milhões de pessoas) usaram preservativo em todas as relações. Enquanto 17,1% dos entrevistados afirmaram usar às vezes, e 59,0% em nenhuma vez.
Para os que não usaram camisinha em nenhuma de suas relações sexuais ou para os que usaram preservativo algumas vezes, a pesquisa investigou o principal motivo desse comportamento. A resposta de 73,4% dos entrevistados foi porque confia no(a) parceiro(a). Entre os homens, o segundo motivo mais frequente foi não gostar (9,8%) e o terceiro foi ter usado outro contraceptivo (8,0%). Entre as mulheres, o segundo motivo foi ter usado outro contraceptivo (16,8%), seguido por não gostar (7,0%).
Apesar de todos os riscos envolvidos e da suposta modernização da sociedade, as doenças sexualmente transmissíveis continuam sendo consideradas tabus, com a tendência a serem encobertas ou postergada a busca por orientação médica. Segundo especialistas, ainda há um certo constrangimento dos pacientes quando se trata das doenças urológicas, sobretudo quando comprometem a intimidade sexual ou o convívio social. No entanto, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são as melhores armas para a prevenção e o adequado tratamento.
Sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis
As Infecções Sexualmente Transmissíveis são causadas por vírus, bactérias ou microorganismos sexualmente transmissíveis (herpes genital, sífilis, gonorreia, HPV, HIV/AIDS, clamídia, tricomoníase, hepatites virais B e C). Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada.
A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as ISTs também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas. Grande parte dessas doenças é tratada com o uso de medicamentos, como antibióticos, antifúngicos e antivirais, em pomadas, comprimidos ou injeções, de acordo com o microorganismo causador da infecção. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
Conscientização e prevenção
O uso da camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C. Orienta-se, sempre que possível, realizar dupla proteção: uso da camisinha e outro método anticonceptivo de escolha. A prevenção combinada abrange o uso da camisinha masculina ou feminina, ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, além de testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, imunização para HPV e hepatite B, tratamento antirretroviral para as PVHIV, redução de danos, entre outros.
Sintomas das doenças sexualmente transmissíveis
As ISTs podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outros possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. Lembrando que o corrimento vaginal é um sintoma comum e várias causas não são consideradas IST, como a vaginose bacteriana e a candidíase vaginal. As ISTs aparecem, principalmente, no órgão genital, mas podem surgir em outras partes do corpo (ex.: palma das mãos, olhos, língua). Sempre que perceber algum sinal ou sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual. E, quando indicado, avisar a(o) parceira(o) sexual.
Essas e outros tipos de doenças podem ser previamente identificadas a partir da execução frequente de consultas de rotina. Clientes Banco do Brasil podem contar com total assistência com um Seguro Pra Vida, que oferece, nos planos Vida Plena e Vida Total, a possibilidade de exames e check-up médico para avaliar a condição da sua saúde e da sua família, além de orientação nutricional, fitness e psicológica.
Confira a íntegra da PNS 2019
Fontes: Ministério da Saúde e IBGE
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