Meningite: a importância da vacina ACWY, de ampla cobertura
Nos últimos 10 anos, mais de 25 mil casos foram confirmados no Brasil. Desse total, mais de 50% em maiores de 15 anos
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Assuntos abordados
- Vacina
- Meningite
- Prevenção e tratamento
- Fatores culturais
- Fatores comportamentais
As meningites provocam inflamação no cérebro e na medula espinhal e atingem, mais comumente, as crianças menores de cinco anos. Para se ter uma ideia, na última década, mais de 25 mil casos foram confirmados no Brasil. Desse total, mais de 50% atingiram maiores de 15 anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Como forma de prevenção, recomenda-se a imunização desde recém-nascidos a adolescentes e adultos.
Depois do início da vacinação contra a doença no Brasil, a incidência passou de 1,5 caso a cada 100 mil habitantes (2007-2010) para 0,4 caso da doença a cada 100 mil habitantes nos últimos quatro anos (2017-2020). Já em 2020, a vacina que protege contra quatro sorotipos (A, C, W e Y) de meningite bacteriana (a mais grave) foi incluída no Sistema Único de Saúde (SUS) para ser aplicada em crianças de 11 e 12 anos. Até então, o SUS ofertava apenas a vacina contra o sorotipo C, indicada para bebês aos três e cinco meses e com reforço aos 12 meses.
Causas e formas de transmissão
A doença pode ser causada tanto por vírus como bactérias, que atacam as membranas que envolvem e protegem o sistema nervoso. É transmitida por meio de tosse, espirros, e contato próximo entre as pessoas. A meningite é considerada uma doença endêmica, ou seja, pode acontecer todos os anos, sendo mais comum a meningite bacteriana no outono-inverno e, as virais, na primavera-verão.
Principais sintomas
Em bebês com até um ano de idade, os principais sintomas são inchaço na moleira, reflexos incomuns, choro persistente e recusa alimentar. Em adolescentes ou adultos, confusão mental, rigidez do pescoço, mal estar, febre alta, convulsões e delírios. Dois tipos de sintomas podem indicar infecções bacterianas: dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Enquanto as meningites virais costumam ser mais leves e atingir crianças, as meningites bacterianas são mais graves e devem ser tratadas imediatamente, para evitar sequelas ou morte.
Vacinas disponíveis no SUS protegem contra diversos tipos de meningite
→ Vacina meningocócica C conjugada: protege contra a doença causada pela bactéria Neisseria meningitidis, sorogrupo C. O esquema vacinal são duas doses, aos três e cinco meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses. As crianças devem receber uma dose de reforço aos 12 meses de idade. Adolescentes de 11 e 12 anos recebem um reforço ou dose única (a depender da situação vacinal encontrada) com a vacina meningocócica ACWY.
→ Vacina pneumocócica conjugada 10 valente: protege contra as doenças invasivas causadas pela bactéria Streptococcos pneumoniae, incluindo meningite. O esquema vacinal são duas doses aos dois e quatro meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, em crianças menores de um ano de idade e um reforço – preferencialmente aos 12 meses, podendo ser administrado até os quatro anos de idade.
→ Vacina pentavalente: protege contra doenças invasivas causadas pela bactéria Haemophilus influenzae sorotipo b, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. O esquema é feito com três doses – aos dois, quatro e seis meses de vida; primeiro reforço aos 15 meses com a vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche) e o segundo reforço aos quatro anos, também com a vacina DTP. Na rotina dos serviços, a vacina é disponibilizada para crianças até seis anos, 11 meses e 29 dias ainda não vacinadas.
→ Vacina BCG: protege contra as formas graves de tuberculose, inclusive a meningite tuberculose. O esquema é dose única, o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade. Pode ser feita até quatros anos de idade, 11 meses e 29 dias, em crianças não vacinadas oportunamente.
→ Vacina tríplice viral: protege contra as meningites causadas pelo vírus da caxumba, sarampo e rubéola, como complicação dessas doenças. O esquema básico é: primeira dose aos 12 meses e segunda dose aos 15 meses (tríplice viral+varicela ou tetra viral, quando disponível). Indivíduos de um a 29 anos precisam ter duas doses da tríplice viral e de 30 a 59 anos, pelo menos uma dose.
Clique aqui e confira na íntegra o nosso bate-papo sobre vacinação para mamães e bebês.
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