Ora solteira, ora mãe
Texto autoral de uma mãe da rede Espichei
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 3 minutos
Assuntos abordados:
– Julgamentos sobre mães
– Entender a maternidade
– Transformações e transições
– Desconstruir preconceitos
Eu já fui a mulher solteira que julgou a mãe que postou foto nas redes sociais amamentando. Eu achava desnecessário expor os seios daquela forma. Eu já fui a mulher solteira que julgou a mãe que saía à noite e ostentava isso. Eu achava que ela tinha que estar em casa cuidando do filho. Eu já fui a mulher solteira que julgou a (própria) mãe que não deixava os filhos fazerem alguma coisa. Eu achava que ela tinha que deixá-los mais livres. Eu já fui a mulher solteira que julgou a mãe que gastava mais dinheiro consigo mesma do que com os filhos. Eu achava que ela tinha que renunciar parte de si para dar mais à cria.
Assim como aqueles conselhos que damos para as amigas que terminaram um relacionamento, palavras que saem com certa facilidade de nossas bocas, falar sobre a realidade materna pode constituir uma oratória descomplicada e simples – somente para quem ainda não deu à luz ou adotou o seu próprio, é claro. Para a mulher que vira mãe, a vida se encarrega direitinho de mostrar que diversas crenças da solteira são meras opiniões que se dissolvem na água e descem pelo ralo.
É complicado demais explicar. São sensações que passam a nos habitar e correr em nossas veias que nem mesmo nós entendemos. Transcende nosso corpo físico. É visceral. Há signos da maternidade, como a amamentação, que não são apenas atos simples – além de uma entrega que não se compara a nenhuma outra, é, ainda, um ato de resistência. Assim como sair à noite; gastar dinheiro com si mesma; voltar para o mercado de trabalho; namorar outras pessoas que não nossos parceiros ou parceiras originais.
Eu saí de mulher solteira para mãe que posta foto amamentando, tem vontade de sair sem a filha, tem medo de deixá-la ir pelo mundo e tem planos de gastar o suado dinheiro do trabalho consigo mesma. Eu precisei sair de mulher solteira para aprender que de ser mãe, só sabe quem realmente é. E, ainda assim, vai haver mães que não concordam com o comportamento de outras, e foi aí eu colhi outro aprendizado: cada um é responsável pelas próprias escolhas e ninguém deve interferir nelas.
Exponho, com toda a minha humildade, alguns dos julgamentos vazios que já fiz e aproveito para me desculpar com todas as mães que secretamente avaliei, mesmo que elas nunca tenham sabido que as julguei. E se posso dar uma ideia para quem ainda não procriou, sugiro que comece a desconstruir pensamentos bobos e cheios de juízo de valor. Você pode discordar de alguns comportamentos e fazer diferente, é claro, mas deixe para constatar quando seu próprio filho estiver em seus braços.
Mas nesse conselho aqui você, mãe, pode confiar
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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos
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