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Pai presente, filho contente

Embora, muitas vezes, o pai ainda se veja como um mero provedor, cresce o número de homens que se esforçam para viver uma paternidade mais ativa.

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BB Seguros

segunda-feira abril 19, 2021

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Tempo estimado de leitura: dez minutos.

 

Assuntos abordados:

 

– O conceito de paternidade ativa.

– A importância da figura paterna.

– Dez dicas para ser um pai presente e ativo.

– Como se planejar para garantir o futuro financeiro do seu filho.

Em uma sociedade patriarcal, o pai é visto como um mero provedor. Por isso, muitas famílias ainda reproduzem, sem questionar, esse papel. O relatório A Situação da Paternidade no Brasil: Tempos de Agir, do Instituto Promundo Brasil, mostra que 83% dos progenitores brasileiros relataram, em 2019, brincar com as crianças, enquanto 46% disseram cozinhar, e 55%, dar banho.

 

Isso demonstra que uma parcela representativa da população ainda associa os cuidados com filhos à figura feminina. Além disso, os cartórios apontam que 6,31% das crianças foram registradas no Brasil sem o nome do pai em 2019.

 

São dados que revelam uma sociedade ainda restrita à atuação da figura paterna. No entanto, esse cenário vem mudando. Os pais estão, cada vez mais, conscientes da importância de uma paternidade ativa no desenvolvimento dos seus filhos.

 

Vale ressaltar que essa paternidade ativa vai além de ser amigo do filho ou de ajudar a mãe com os afazeres diários. “É preciso que o pai esteja conectado emocionalmente com os seus filhos, que ele compreenda as suas necessidades e, principalmente, que seja um referencial para essa criança, visto que ela aprende, principalmente, por imitação. Os homens precisam assumir o seu lugar também na vida diária dos filhos, ensinando, amando, ouvindo e direcionando”, ressalta Larissa Serafim, psicóloga da Maternidade Brasília.

 

Para Larissa, “um pai que participa da vida do filho de maneira positiva e ativa pode deixar para ele um legado e, assim, contribuir para uma sociedade melhor, sem preconceitos”.

 

Ao evitar a reprodução de conceitos machistas, incluindo aqueles relacionados ao papel do pai, é pavimentado o caminho que poderá resultar em um adulto mais maduro e seguro, o qual se nega a reproduzir as práticas patriarcais.

 

“O machismo deixou marcas em nossa sociedade, afastando, por vezes, os homens dessa participação ativa na educação dos filhos. Mas, hoje, isso tem mudado, e o pai tem saído do papel de coadjuvante e assumido o seu lugar na família, lugar este que não é melhor nem pior do que o da mãe, mas complementar. Ou seja, juntos eles se completam para uma criação adequada”, frisa a psicóloga.

 

 

A importância da figura paterna

 

A participação do homem na gestação, após o nascimento e em todas as fases da vida do filho, tem impactos positivos na saúde materno-infantil, no desenvolvimento das crianças, no empoderamento das mulheres, na saúde e no bem-estar dos próprios homens. Vale destacar que o papel ativo do progenitor não se restringe somente ao pai biológico, mas também aos adotivos – incluindo as relações homoafetivas – e àqueles que representam figuras paternas para as crianças.

 

Diversos autores da psicologia afirmam que a ausência da figura masculina pode produzir conflitos no desenvolvimento psicológico e cognitivo da criança, além de acarretar distúrbios de comportamento. O modelo paterno é fundamental para o desenvolvimento saudável da identidade de meninos e meninas.

 

 

 

Como ser um pai ativo?

 

Antes de tudo, é preciso limpar a mente de estereótipos. Com base nessa desconstrução, é possível iniciar uma jornada paterna que fortaleça os laços e ofereça benefícios à família, no presente e no futuro.

 

Confira dez dicas que podem servir de norte:

 

 

1 – Pai presente desde a barriga

 

Assim como a mãe, a atenção ao filho deve começar quando ele ainda está na barriga. Acompanhar os exames e consultas pré-natais e perguntar à gestante como apoiá-la nos desafios da gravidez são formas de participar ativamente.

 

A Maternidade Brasília dispõe gratuitamente do Curso para Casais Grávidos. “Como especialistas em maternidade, temos a satisfação de ensinar tudo o que possa ajudar aos futuros pais neste momento tão importante, que é o nascimento do bebê. Por isso, desenvolvemos atividades específicas para casais. Nossa equipe multidisciplinar orienta sobre o período da gestação, o parto, puerpério e os cuidados com o recém-nascido”, explica a dra. Sandi Sato, pediatra da Maternidade Brasília.

 

O curso é uma excelente oportunidade para que os homens aprendam mais sobre o assunto antes mesmo do parto e se envolvam com os cuidados do bebê desde o início.

 

 

2 – Nasceu? Tarefas divididas

 

É importante que, desde o nascimento do bebê, o pai demonstre estar disposto a não somente ajudar, mas também a dividir as tarefas. É preciso dar banho, trocar as fraldas, colocar para dormir, acordar à noite e outras funções normalmente delegadas à mãe.

 

É preciso também lembrar da recém-mãe: atender às suas necessidades enquanto ela amamenta e dar um tempo para que tome banho com calma, por exemplo, são atitudes essenciais nesses primeiros meses de vida do bebê.

 

 

3 – Participe da rotina do seu filho

 

Aprenda a compreender as necessidades e a participar da construção de uma rotina sólida cada criança. Sabemos que nem sempre é possível estar presente em todos os momentos da sua vida, mas também é necessário fazer um esforço e se programar para participar das suas atividades cotidianas. Isso inclui momentos de lazer e também de responsabilidades, desde a hora das refeições e banhos até tarefas escolares e outras atividades do dia a dia dos pequenos.

 

 

4 – Participe das decisões que envolvem o seu filho

 

Converse com pediatras, professores e profissionais que atendem à sua criança e ande munido de informações para estar sempre junto nas tomadas de decisão.

 

 

5 – Converse e escute

 

Mantenha o fluxo de comunicação livre é essencial. Ouça com atenção o que o seu filho diz e fique atento aos seus sinais. Sempre que possível, faça perguntas, fale sobre sentimentos e interaja com ele, de modo a manter o diálogo sempre aberto.

 

 

6 – Seja firme diante das birras

 

Ensine o seu filho a reconhecer e a lidar com as suas emoções. Não responda por impulso nem aja com raiva. Lembre-se: ele é a criança, e você é o adulto. O seu papel é instrumentalizá-la para que aprenda a lidar com os seus próprios sentimentos e frustrações.

 

 

7 – Incentive as suas habilidades e reconheça o seu esforço

 

As crianças se sentem verdadeiramente felizes quando percebem que são notadas e sentidas. Desenvolva um olhar atento, que vai além do seu próprio interesse, e a estimule a fazer aquilo de que gosta. Reconheça sempre o seu esforço. Você verá como ela ficará empolgada em compartilhar essa conquista. Isso abre espaço para uma relação de confiança e cumplicidade.

 

 

8 – Não reproduza o machismo

 

É preciso estar sempre atento para não reproduzir conceitos machistas em casa. Por exemplo, meninos e meninas devem ter os mesmos direitos e deveres. O menino deve ser estimulado a ser carinhoso, a chorar e a expressar os seus sentimentos, além de ser constantemente orientado a tratar a mulher com respeito e igualdade.

 

E não se esqueça: as palavras ensinam, mas os exemplos convencem.

 

 

9 – Brinque com os seus filhos

 

Ter momentos de diversão com os seus filhos é fundamental para o estreitamento de laços e a percepção de acolhimento. Dedique um tempo de qualidade a eles, use a criatividade, crie brincadeiras. Quando estiverem juntos, deixe de lado as preocupações, o celular ou outras distrações que roubem o momento.

 

Vale frisar que dar presente é diferente de estar presente: você até pode dar brinquedos ao seu filho, mas será muito melhor se desfrutar do brinquedo com ele.

 

A live O Conhecimento em Família: a Importância da Ciência na Infância mostra como a ciência faz parte do dia a dia das crianças e as possibilidades de brincar e aprender muito nas situações mais corriqueiras. Assista à transmissão que aconteceu no começo do ano e se inspire no bate-papo entre os especialistas do assunto e nas ideias apresentadas durante a conversa.

 

 

10 – Em caso de separação, se mantenha presente e responsável

 

Mesmo em caso de separação conjugal, seja o mais assíduo possível na vida do seu filho. O papel de pai não se dissolve com a separação, pois você continua sendo um exemplo e referência para ele. Leve ou busque a criança na escola ou em consultas, encontre-a durante a semana e faça ligações de vídeo ocasionalmente.

 

É claro que, quando a sua filha ou filho estiver com você, é muito gostoso fazer um passeio ou um lanche diferente daquele do dia a dia. Mas se lembre também de cuidar da saúde e higiene da criança, manter uma rotina saudável, permanecer atento aos seus sentimentos e entender que a educação e criação dos pequenos continuam sendo a sua responsabilidade, não apenas da mãe.

 

Também é importante não falar mal do ex-cônjuge nem brigar na frente da criança, por mais difícil que isso seja em alguns momentos.

 

 

Com essas dicas, você desfrutará de uma paternidade ativa, leve, cheia de amor e carinho, além de contribuir para a formação de pessoas melhores que farão a diferença na sociedade.

 

 

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