Redes sociais: afinal, qual idade é recomendada para crianças?
O ideal é a partir da pré-adolescência, desde que os pais e responsáveis tenham acesso às senhas, monitorem o conteúdo acessado e o tempo de uso
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 6 minutos
Assuntos abordados:
- Redes sociais
- Castigos e punições
- Diálogo com os filhos (as)
- Maturidade
- Inclusão
13 anos. Essa é a idade mínima para uma criança ingressar com um perfil próprio nas redes sociais, seguindo o regulamento das três maiores plataformas atuais: Facebook, Instagram e YouTube. Na avaliação da psicóloga Simone Lavorato, essa é a idade adequada, pois é a fase da pré-adolescência, período em que os jovens conseguem lidar com as experiências de forma literal, processar as informações de forma concreta.
“A partir dessa idade, os adolescentes conseguem interpretar o que ouvem e vêem. O cérebro está mais preparado para as interações sociais. Mas o ideal mesmo seria ter uma maturidade bem maior para entender o contexto das redes”, diz. Questionada sobre como saber se a criança alcançou maturidade para filtrar o que assiste, consome ou interage, a especialista afirma ser possível perceber por meio das atitudes e dos comportamentos.
“Além disso, manter um diálogo franco, aberto e claro é essencial. É normal que os pais, ao sentir pavor que os filhos caiam em uma situação perigosa, intensifiquem os malefícios que determinada rede social possa trazer. Mas deve-se falar dos benefícios também, para que elas não cresçam com traumas”, reforça.
Para solucionar as dúvidas de pais e responsáveis, confira a íntegra da entrevista e saiba como lidar com as crianças nesse momento:
Como criar filhos na era digital?
SL: É um grande desafio criar filhos na era digital. Se nós, adultos, caímos em golpes virtuais, quem dirá as crianças? É um desafio que está posto, mas que precisamos nos adaptar da melhor forma possível, incluindo o uso da internet na rotina dos filhos. Quem faz esse filtro são os pais para saber como a criança pode se beneficiar com a tecnologia.
Se a criança burlar o tempo de uso ou não cumprir as regras, deve-se aplicar algum castigo?
SL: O castigo nunca resolveu e nem vai resolver. É preciso estabelecer regras e os combinados para que a criança entenda a necessidade de realizar outras tarefas também. Explique quais são os benefícios e os malefícios de estar agindo de determinada maneira, principalmente no que diz respeito ao tempo excessivo de tela. Não se deve punir porque é um reforço negativo e não deve ser praticado. Ao conversar, esteja sentado (a) ao lado da criança, olhe nos olhos, acolha. A estratégia não é castigar nem punir, mas sim fazer com que ela entenda a responsabilidade dela no processo.
A criança vai se sentir excluída se não entrar em uma rede?
SL: Não. Se ela não estiver conectada em uma rede social, cabe aos adultos mostrar que a principal forma de inclusão é a presencial, interagindo com os colegas. A pandemia agravou a distância, mas já vemos um movimento tímido e temos que incentivar as crianças, pois nada supre o contato físico.
Pais e responsáveis devem ter as senha das contas do menor?
SL: Sim, devem. O acesso à senha das contas é essencial para ter o cuidado de monitorar as informações que eles recebem e visualizam. Esse acesso deve ser frequente até o momento em que os pais consigam perceber que os filhos estão preparados para seguir sozinho nesse caminho.
Como orientá-los sobre jogos violentos e conteúdos sexuais?
SL: Mais uma vez, devemos orientá-los sobre o que pode causar. Esse conteúdo pode alterar o comportamento da criança, uma vez que pensamentos geram sentimentos e que geram comportamentos. Então, por exemplo, se essas crianças já tiverem um pensamento disfuncional, com certeza terão esses sentimentos e expressarão por meio do comportamento como agressividade, depressão e até mesmo bullying com colegas pelo excesso de informações violentas e conteúdos inadequados.
Monitorar as redes sociais das crianças é uma das formas de demonstrar amor, cuidado e proteção. A preocupação com sua família também é importante para nós. Você sabe o quão protegido está? Responda um teste rápido da BB Seguros para calcular o seu nível de proteção e receber dicas de soluções para proteger sua família, conquistas e projetos. Nós podemos ajudar com todo o cuidado e carinho que você e sua família merecem!
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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos
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