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Síndrome de Down: desenvolvimento infantil sem rótulos

Fisioterapia, terapia ocupacional e acompanhamento fonoaudiológico potencializam habilidades motoras, cognitivas, a autonomia e a comunicação

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sexta-feira março 25, 2022

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Por Camila Fernandes para Espichei

Tempo estimado de leitura: aproximadamente 5 minutos

 

Assuntos abordados:

  • Síndrome de Down
  • Desenvolvimento Infantil
  • Estereótipos
  • Equipe multidisciplinar

 

Muitos fatores influenciam o desenvolvimento de uma criança – principalmente as experiências sociais, como conversar, sorrir, brincar, além do amor e a segurança que ela recebe. E como qualquer outro bebê, a criança com Síndrome de Down nasce pronta para aprender. Elas geralmente seguem o mesmo padrão de desenvolvimento que as crianças sem a trissomia, porém em um ritmo mais lento.

 

A desinformação quanto às potencialidades das pessoas com SD ainda as prendem a certos estereótipos. Já o conhecimento, leva o preconceito para longe e traz a inclusão para perto. O Departamento de Genética da Sociedade Brasileira de Pediatria defende em suas diretrizes de atenção à saúde que as pessoas com Síndrome de Down podem se desenvolver cognitivamente e se tornarem participantes ativas na sociedade.

 

O fato é que todas as crianças – com SD ou não – se desenvolvem em seu próprio tempo e os pais devem estar atentos para intervir ou ajudar, se necessário. No caso das crianças com trissomia, além do cuidado em casa, o acompanhamento médico protagonizado por uma equipe multidisciplinar de fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicopedagogo, amplia consideravelmente as chances de desenvolvimento motor, cognitivo e mental.

 

Família em primeiro lugar

 

De maneira universal, quem mais influencia o desenvolvimento dos bebês são seus familiares. A qualidade do cuidado, amor e atenção oferecidos a eles criam as primeiras oportunidades de aprendizagem e crescimento. Os bebês e crianças com Síndrome de Down, como todos os outros, se beneficiam muito desse ambiente favorável do lar, com brincadeiras e conversas entre a família.

 

Os especialistas são unânimes em sugerir que os pais valorizem as conquistas dos filhos com trissomia e mostrem que os membros da família se apoiam e se importam uns com os outros. Também é importante encorajar as crianças com a Síndrome de Down a se tornarem independentes e se comportarem de maneira social desde a infância.

 

 

Conheça a linha de desenvolvimento descrita pela Down Syndrome Education:

 

Comunicação: as crianças com a síndrome demoram um pouco mais para falar. Ainda assim, é fundamental que ela aprenda a se expressar, seja por meio de gestos ou outras formas de linguagem. Para ajudar seus filhos, os pais devem envolvê-los em atividades que favoreçam o desenvolvimento da comunicação. Também é importante ter atenção com possíveis problemas auditivos, relativamente frequentes em crianças com SD e que podem comprometer sua capacidade de expressão.

 

Habilidades sócio-emocionais: as crianças com SD seguem praticamente o mesmo ritmo que as crianças sem a trissomia e costumam ser bastante sociáveis. Por serem tão aptos socialmente, muitos bebês chegam aos primeiros anos de vida muito interessados em olhar rostos – o que faz também com que eles priorizem este tipo de atividade ao invés da exploração de objetos ou brinquedos. É preciso, portanto, que os pais e cuidadores ajudem o bebê a manipular esses brinquedos e descobrir novas formas de utilizá-los.

 

Comportamento: criar rotinas no primeiro ano de vida é um passo importante no estabelecer limites e ajudar a criança a controlar seu comportamento. Cerca de 1/3 das crianças com SD em idade pré-escolar apresenta problemas de comportamento – isso costuma ocorrer porque elas ainda não conseguem se comunicar de maneira eficiente. Estudos internacionais demonstram que, aos três anos de idade, a criança com trissomia costuma progredir mais lentamente na escola, supostamente porque não consegue ficar quieta em sala de aula, ouvir e se beneficiar das oportunidades de aprendizagem.

 

Desenvolvimento Motor: Os bebês com síndrome de Down passam pelo mesmo processo de nascer sem o controle motor e, aos poucos, adquirirem habilidades como sustentar a cabeça, rolar, sentar, se arrastar, engatinhar e andar. Porém, eles demoram mais para adquirir força e desenvolver o controle motor. A indicação médica é que os bebês com essa condição sejam acompanhados por um fisioterapeuta especialista em crianças com trissomia desde cedo, para estimular seu desenvolvimento motor amplo. Mais tarde, um terapeuta ocupacional poderá ajudar no desenvolvimento motor fino, como o uso de talheres ou a habilidade de desenhar e escrever.

 

 

 

 

O que você precisa saber sobre as pessoas com SD:

 

– Não é possível prever o desenvolvimento futuro de um bebê com síndrome de Down somente a partir de seu diagnóstico, mesmo sabendo que eles mostram algum grau de deficiência de aprendizagem. Enquanto algumas crianças progridem dentro da faixa de baixo rendimento de crianças sem deficiência de escolas comuns, outras são mais lentas, com dificuldades que vão de moderadas a graves, e uma minoria tem dificuldades múltiplas que levam a progresso ainda mais lento.

 

– Outra curiosidade é que o  desenvolvimento de indivíduos com síndrome de Down não atinge o “teto” ou “topo”na adolescência. Como todo mundo, eles continuam a aprender na vida adulta e a crescer como gente, se tiverem oportunidades que os levem a isso. O “teto” assim chamado e discutido no passado era quase certamente o resultado da falta de cuidados médicos e experiência educacional e social.

 

– Em termos de personalidade, eles não são todos tranquilos, carinhosos e musicais, o estereótipo que você pode ter ouvido falar. Alguns indivíduos com síndrome de Down são extrovertidos e gostam de vida social agitada, outros são afiados em esportes e excelentes em natação, ginástica ou equitação. Tem ainda os que são mais quietos ou mesmo tímidos e preferem passatempos com amigos íntimos.

 

O que você precisa saber sobre o futuro:

 

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* Com informações do Movimento Down

 

 

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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos

 

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