Tandem: a experiência de amamentar filhos com idades diferentes
Continuar a amamentação do filho mais velho pode ajudar a criar sentimentos agradáveis em relação à mãe e à chegada do irmão
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 7 minutos
Assuntos abordados:
- Amamentação
- Lactogestação
- Amamentar filhos com idades diferentes
- Rede de apoio
- Fatores emocionais
“Ficava na dúvida e querendo desistir nos dias cansativos, principalmente quando a barriga já estava bem grande. Foi difícil, mas nunca parei”, desabafa a fisioterapeuta Renata Amaral Souto, mãe de Sofia (2 anos e meio) e do Noah (10 meses), e que passou pela lactogestação e hoje vivencia a realidade da amamentação em tandem.
Sabe o que é isso? É quando a mulher amamenta filhos com idades diferentes. E essa decisão cabe exclusivamente à ela, pois pode acontecer que a criança que está sendo amamentada não esteja pronta para o desmame. Aliás, pode ser também que nem a mãe esteja preparada para isso. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), manter a amamentação durante a gestação (se não houver contraindicação) e após o nascimento do novo filho, contribui para que a criança mais velha continue recebendo os benefícios emocionais, psicológicos, nutricionais e imunológicos da amamentação.
“Quando descobri a segunda gravidez, Sofia tinha um ano e dois meses. E, nesse período, o bico do peito ficava bastante dolorido por conta do processo da gestação. Isso dificultou o aleitamento dela, mas durante uma conversa com a obstetra, ele disse que poderia continuar se não sentisse contração ou outro tipo de incômodo. Então, segui”, explica. No caso da família da Renata, a rede de apoio foi fundamental: “Recebi muita ajuda do meu marido. Desde o início da 2a gestação, ele falava que se eu tirasse o peito da minha filha, correria o risco de sofrer ainda mais com início de amamentação, com o bico rachado. Hoje vejo que ele estava certo e não me arrependo de ter continuado”.
Outro desafio superado foi o volume de leite, que diminuiu consideravelmente durante a gestação. “Graças a Deus não secou, mas como minha filha já estava na fase da introdução alimentar e precisei introduzir a fórmula quando voltei a trabalhar, eu dava a mamadeira à Sofia e o peito na sequência. Assim foi até o final da gestação do Noah, que nasceu na 35ª semana.” Sobre isso, a SBP explica que a amamentação em tandem pode aliviar o ingurgitamento mamário, comum nos primeiros dias após o parto, e devido ao aumento da demanda, a produção de leite materno se torna mais abundante – o que pode ser bem vantajoso se o recém-nascido apresentar dificuldades para mamar.
Enquanto a mãe estava na maternidade, Sofia tomou a fórmula. Quando recebeu alta, Renata explicou para a filha que o irmão mais novo teria que mamar também. “Ela me respondia, sempre boazinha: tá bom mamãe, esse peito é meu e esse é do Noah. Então, dei prioridade a ele e a Sofia passou a pedir o peito somente para dormir. Mas confesso que me aventurei nas madrugadas. Quando um acordava, o outro também e os dois queriam mamar. Cheguei a colocar os dois para mamar ao mesmo tempo, mas ficou tudo bem e seguimos assim até hoje. O Noah atualmente tem 10 meses e já come. Sofia, com 2 anos e meio, raramente pede para mamar”.
Assim como a rede de apoio teve um papel singular na família da Renata, ela pode ter para você também. Conheça também o Banco de Leite da Maternidade Brasília, que oferece grupo de apoio à amamentação disponível 24 horas por dia, com equipe multidisciplinar especializada na orientação às mães. E como a chegada de um novo membro na família requer uma série de cuidados, confira as soluções práticas do BB Residencial para tornar o seu lar mais seguro e otimizado para acolher os filhos!
Neste Agosto Dourado, o blog BB Seguros Primeiros Passos convida gestantes, puérperas, doulas, enfermeiras, obstetras, consultoras em amamentação e pessoas interessadas pelo assunto para acompanharem o Amatalks 2021, no dia 30 de agosto, com o tema “Proteja a Amamentação: Responsabilidade Compartilhada”. O evento terá como cenário os espaços do CCBB e será transmitido online por meio do canal da Maternidade Brasília no YouTube, a partir das 17h, com a participação do público em tempo real.
*Com informações da Sociedade Brasileira de Pediatria
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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos
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