Você toma decisões de acordo com o que os outros vão pensar?
Saiba por que essa visão é tão prejudicial na hora de fazer escolhas em seu dia a dia, das mais simples às mais importantes, como ao decidir sobre seus investimentos.
Sabe quando você é convidado para um jantar em família e quer levar alguma coisa para retribuir a gentileza do seu parente? Vamos supor que, em uma situação como essa, você decida levar um vinho. Provavelmente você vai caprichar e acabar comprando uma bebida mais cara — afinal, não quer que a pessoa pense que você levou algo ruim ou que não ofereça o seu presente durante o jantar.
Isso já aconteceu com você? Comigo, sim. E dos dois lados: levando e recebendo o vinho. E confesso que já pensei: “Vou servir o vinho que eu comprei porque é melhor” sem nem ter provado o que ganhei de presente. Mas por que pensamos assim?
Na hora de tomar decisões, nossa mente traz à tona aquilo que acreditamos ser melhor e mais adequado de acordo com as regras culturais vigentes. No nosso exemplo, a crença comum é a de que vinhos mais caros são melhores e, também, que o correto é oferecer a todos o melhor presente recebido. Mas nem sempre isso é verdade.
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Por outro lado, se resolvermos agir de modo diferente do que a nossa mente considera como “adequado”, nos sentiremos culpados. Mas, veja: nossas escolhas poderiam e deveriam ser pautadas na situação real do momento presente e não em crenças, muitas vezes desconhecidas, que habitam em nosso subconsciente e estão desconectadas da realidade.
O mesmo acontece quando precisamos tomar decisões financeiras. Nossas crenças também influenciam nossas escolhas.
Quer ver como?
Vamos imaginar que você foi criado em uma família que sempre te disse que o melhor e mais seguro investimento é a caderneta de poupança. Você sempre viu seus pais investirem assim e, por muitos anos, ouviu que essa era a melhor estratégia para cuidar do seu dinheiro.
Depois de tanto ouvir, essa ideia acaba se tornando uma verdade interna, uma convicção. Você realmente passa a acreditar nisso. Aí, quando chegar a sua vez de decidir onde aplicar o seu dinheiro, adivinha o que você vai escolher? A poupança.
O que é dissonância cognitiva e o que ela tem a ver com investimentos?
O mesmo acontece em relação à nossa visão sobre as taxas de juros. Nós, brasileiros, vivemos durante anos em um cenário econômico com taxas de juros muito altas, que garantiam uma rentabilidade de cerca de 1% ao mês nos investimentos mais conservadores.
Então, passamos a acreditar que seria sempre assim. Não cuidávamos muito das nossas aplicações financeiras e não era preciso ter tanto conhecimento sobre finanças para conseguir uma boa rentabilidade.
Ainda no mercado financeiro, outro bom exemplo é o funcionamento da previdência. O Brasil sempre teve um bom sistema de previdência pública, que cuidava dos seus contribuintes e oferecia uma boa condição de remuneração na aposentadoria. A única coisa que as pessoas precisavam fazer era contribuir direitinho, todo mês, durante alguns anos. Como esse sistema funcionou bem por muito tempo, a população passou a acreditar que o governo sempre cuidaria da gente na aposentadoria e que nós não precisaríamos entender nada sobre isso. Uma visão de mundo bem paternalista, aliás.
No entanto, as coisas mudaram. Hoje, há mais opções de investimentos além da poupança, as taxas de juros caíram dramaticamente e o INSS não vai mais cuidar da nossa aposentadoria por nós. É preciso que cada um se encarregue de seu futuro individualmente e escolha um plano de previdência privada adequado para atender aos seus objetivos, possibilidades e momento de vida. Mas, para investir bem, é preciso saber como funciona a previdência privada.
Cuidar bem das finanças: 10 passos para melhorar a vida financeira
Hoje, os planos de previdência provada oferecem muitas opções de fundos, compostos por vários tipos de ativos financeiros, que vão proporcionar diferentes rentabilidades e diferentes níveis de risco. Você escolhe o que for mais confortável e interessante para você. A Brasilprev tem uma grande variedade de fundos para compor sua previdência privada de acordo com o seu perfil de investidor e as oportunidades que o cenário econômico atual oferece.
Entender como esses investimentos funcionam e saber como os movimentos do mercado financeiro influenciam a rentabilidade do seu plano é uma saída para não ficar refém das crenças mais arraigadas em sua mente ou das ideias coletivas — e equivocadas — que surgem de tempos em tempos.
Deixo aqui, então, o meu convite para você fazer diferente. Não fique à mercê daquilo que te fizeram acreditar, dos comentários de grupos sociais ou modismos quando for cuidar do seu dinheiro ou em qualquer outra situação. Aceite o desafio de se aprimorar, conhecer melhor o mercado de planos de previdência e aprender mais sobre produtos financeiros. A Brasilprev tem vários canais para te ajudar a ter sucesso nessa empreitada. Conte com a gente!
Renata Taveiros, Neuroeconomista.
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